segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Interação na subcamada 7s²

Este texto é mais ou menos uma releitura do texto aqui anteriormente postado "All about Chemistry"

Muito maior que o prazer de beijos esporádicos e insignificativos é o prazer que vem da alma. Quando duas almas começam a se descobrir , trocar carícias , confidências.. o nível de satisfação alcançado é o mesmo que faz você pegar o ônibus errado na volta pra casa e ainda esquecer a sua parada.
Quando esta interação é alcançada não tem mais volta é como CO se ligando a hemoglobina formando carboxi-hemoglobina. Você adquire plena confiança na(o) cúmplice, quer estar , falar , tocar , beijá-la(o) a todo o momento, falar besteira, falar sério.. enfim, é uma ligação que possui um caminho tortuoso até alcançá-la, porém, quando chega-se ao "cume" você vê o quão bonito é tudo isso e percorreria o caminho N vezes se necessário.
Com isso chego à conclusão que não existe nada mais gratificante do que valorizar e sentir-se valorizado, este sentimento, creio eu, é o sentimento que todos temos quando nascemos, mas no decorrer dos anos vamos nos esquecendo, por motivos diversos como frustrações e afins.. mas isso não é assunto para ser abordado aqui, tudo isso nos ensina que fomos feitos para amarmos uns aos outros e que para mudarmos o mundo precisamos apenas de uma pequena ação realizada com amor de cada vez.
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Que 2009 seja infinitamente melhor que 2008!

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Emotional overflow

It's just like you're too big to fit your body, you feel marvelous to know a special person has a reciprocal feeling, and it flows from each other to each other. That's one of the most beautiful things in life, and also one of the most difficult to acquire, you hold your will of extrapolation afraid to spoil the pure feeling between you and her.

That's something I can't actually understand , maybe we don't even know ourselves well , if we stop and think , mankind is so young , we're only developing emotional skills for 2,5 thousand years, and analysing this fact , 2,5 thousand years aren't that much.

Returning to the XXI Century.. I think the best way to admit changing is to let the flow take you away while you learn every single thing in life , and with people too. It's a mistake of those 'lone wolves' to believe we can figure out who we are spending life alone, we , Humans , were made to live in society, and in society we find not only who we are , but for whom we were made.

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Hoje acordei meio Britânico...

All about chemistry.

Seguindo a linha dos posts anteriores, vou falar um pouco sobre a química.

Quem me conhece sabe que química em si não é comigo, aquele negócio de mol e interação intermolecular nunca entrou na minha cabeça. Mas não é bem sobre isso que eu pretendo falar... Quero falar sobre a química em relacionamentos, ou em outras palavras, no sincronismo entre duas pessoas. Nem sempre está presente, infelizmente. Mas quando ocorre é inexplicável. Só quem já vivenciou sabe.

Primeiro sintoma se caracteriza no "encaixe". Quando o beijo é bom, quando a "pegada" do outro te satisfaz... Esse é o caso mais comum de acontecer. E mesmo assim não é tão simples. Normalmente esse sintoma se dá quando a paixão é recente, o casal está naquele período marcado pela imbecilidade. É um querendo agradar ao outro, querendo parecer perfeito. Mas daí se esquece que ninguém é perfeito. O diferencial é quando o relacionamento já não é tão recente e esse "encaixe" ainda existe. Nota-se também quando se idealiza no outro algum tipo de caráter, voltando à idéia da "perfeição". Muitas vezes, tem prazo de validade determinado.

O outro sintoma vem com o tempo. E é, por isso, mais importante ao meu ver. Ligado à convivência, logo, ao relacionamento duradouro. Dá para se perceber desde o começo quando vai acontecer, mas ainda assim por quanto mais provações passar mais real se torna. Ele se baseia, principalmente, nas coisas em comum. Gostos partilhados (e desgostos, também), bem como vontades e desejos. Está intimamente ligado à amizade. Por isso se valoriza tanto o companheirismo num relacionamento... Ele é marca dessa química.

A soma desses dois sintomas é indispensável pra que qualquer amor dure. Mas quem disse que amar é uma ciência exata?

Se dar bem é fundamental. Mas discutir e não dar o braço a torcer também. Ao mesmo tempo que é bom a proximidade de gostos, sempre fazer as coisas juntos e etecetera, também é bom ter o seu espaço. Saber impor limites, ter um tempo pra si mesmo... E é aí que as coisas começam a desandar...



Bom fim de ano pra todos, que 2009 seja 12 vezes melhor que 2008.

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Listening to: Pearl Jam - I Am Mine
via FoxyTunes

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Roma'n tismo

Teu olhar, farol que ilumina meu caminho
Teu gracejo , acalma minh'alma
Tua condescendência , minha força
Teu sorriso, espelho meu

Tua companhia, minha fortaleza
do teu coração sou escudo
Teu cheiro, aroma suave que
me leva aos Elísios

Tua amizade, tesouro inviolável
sonho guardado debaixo do travesseiro
realizado a cada dia que contigo convivo
vivo contigo, com vida vivo

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pois é , um poema feito agora por mim
acho que sou um pouco transparente demais ehiauhia

Feliz final de ano!

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Qual a sua tribo?

Seguindo um pouco a linha do texto sobre o não- Niilismo peguei-me pensando sobre o que é amar, fomos feitos para a monogamia? Ou isso seria apenas puro egoísmo? Pois bem. Para os pessimistas, creio eu que, o egoísmo é sua resposta, em um mundo onde o que importa é o bem-estar próprio não importando se você passa ou não por cima de outrem, o egoísmo é a resposta mais plausível.

Para os realistas, a monogamia por vezes é algo monótono, estes não são depressivos como o grupo anterior, mas ainda não abriram os olhos o suficiente como o grupo que dissertarei a seguir. Os realistas são um grupo de pessoas que acreditam nas possibilidades palpáveis, algo que tenha-se a certeza de sucesso, muitas vezes não arriscam por terem medo de sairem por baixo.

Agora, os otimistas, os verdadeiros otimistas, mesclam a visão de possibilidade do realista com a (im)prudência de arriscar em um amor que pode não ser certo. Este último grupo o qual vos falo geralmente consegue chegar a um nível de satisfação não exclusivamente próprio como também compartilhado com seu cúmplice.

A conclusão ao qual quero chegar aqui é que não se tem uma resposta para essa pergunta, quero dizer, não se tem uma única resposta. Cada grupo acima brevemente citado tem sua própria conclusão, qual grupo partilha de sua ideologia?

Este texto não está bem do jeito que eu queria..

Mas para uma primeira atualização acho que cabe.

Aos leitores boas festas!

Aí também não né?

Eu sempre tive "inveja" do engajamento dos franceses, principalmente dos estudantes, com relação às putarias do governo.

Lá se aumentam as passagens abusivamente, no outro dia temos milhares de estudantes nas ruas protestando. Qualquer denúncia de corrupção, idem. Culturalmente, o povo francês é assim... Talvez por algum resquício da revolução, não sei... Totalmente o oposto daqui, aliás.

Mas hoje estava no globo.com e vi isso:


Grupo na França protesta contra a mudança do ano.
Membros do movimento 'Fonacon' querem permanecer em 2008.


Tá brincando né?

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Listening to: Swallow the Waffle - Give Up
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segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Percebi que não sou tão niilista assim...

"Nós, os filósofos, não temos a liberdade de separar o corpo da alma, como faz o povo, e menos liberdade ainda temos de separar a alma do espírito. Não somos rãs pensadoras, não somos aparelhos registradores com entranhas figorificadas - devemos incessantemente dar à luz nossos pensamentos na dor e maternalmente dar-lhes o que temos em nós de sangue, de coração, de ardor, de alegria, de paixão, de tormento, de consciência, de fatalidade.
A vida consiste, para nós, em transformar sem cessar em claridade e em chama tudo o que somos e também tudo o que nos toca. Não podemos fazer de outra maneira. Quanto à doença, não seríamos tentados a perguntar se podemos passar sem ela? Só o grande sofrimento é o derradeiro libertador do espírito, é ele que ensina a grande suspeita, que faz de cada U um X, um X verdadeiro e autêntico, quer dizer a ante-penúltima letra antes da última... Só o grande sofrimento, esse demorado e lento sofrimento que leva seu tempo e chega a nos consumir de alguma forma como que queimados por lenha verde, nos obriga, a nós filósofos, a descer até nossas últimas profundezas e a nos desfazer de todo bem-estar, de todo meio véu, de toda doçura, de todo meio-termo onde tínhamos talvez colocado até então nossa humanidade.
Duvido muito que semelhante sofrimento nos torne "melhores"; - mas sei que nos torna mais profundos. Que lhe oponhamos nosso orgulho, nossa ironia, nossa força de vontade, a exemplo do pele-vermelha que, embora horrivelmente torturado, se vinga de seu carrasco com injúrias, ou que nos retiremos, diante do sofrimento, para o nada dos orientais - a que chamam de Nirvana - na resignação muda, rígida e surda, no esquecimento e na anulação de si: retorna-se sempre como outro homem desses perigosos exercícios de domínio de si, com alguns pontos de interrogação a mais, antes de tudo com a vontade de fazer doravante mais perguntas que então, com mais profundidade, rigor, duração, maldade e silêncio. Trata-se de um efeito da confiança na vida: a própria vida se tornou um problema. - Mas não se julgue que tudo isso o tornou necessariamente misantropo.
Mesmo amar a vida ainda é possível - apenas se passa a amar de maneira diferente. É como o amor por uma mulher de quem se suspeita... Entretanto, o encanto de tudo o que é problemático, a alegria causada pelo X são demasiados grandes nos homens mais espiritualizados e mais intelectuais, para que esse prazer não paire incessantemente como uma chama clara sobre todas as misérias do que é problemático, sobre todos os perigos da incerteza, até mesmo sobre os ciúmes do apaixonado. Nós conhecemos uma felicidade nova..."

Nietzsche, em "A Gaia Ciência".

Como dizem, faz pensar...

Boa semana a quem estiver lendo.

Em tempo, Feliz Natal e um 2009 melhor que 2008 (como se fosse difícil...).
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Listening to: Matanza - Whisky Para Um Condenado
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sábado, 13 de dezembro de 2008

Coisas que aprendi com o orkut/msn.

Estou pra postar isto aqui já tem um tempo, duas semanas que está nos rascunhos, mas acho que agora é a hora.

Como já disse antes, o orkut está na vida de todos hoje. Amigos ou inimigos. Família ou aqueles que você nem conhece. Desde ex-namorada, até futuras, passando pelas atuais. Esconder alguma coisa é muito difícil... E é aí que eu pergunto, será que quem tem orkut quer esconder alguma coisa?

Sério. Quer saber onde a pessoa foi ontem? Vai na página de recados e olha que provavelmente vai achar alguma informação. Se a pessoa apagar scrap, basta olhar no álbum. Sempre tem foto das noitadas. Quem não quer dar a cara a tapa e aparecer como visitante recente, ainda recorre a perfis falsos e etc. Privacidade nenhuma. E não adianta botar cadeado, limitação de que só amigos possam ver e mimimi, sempre se contorna isso.

O mais comum é usar isso a seu proveito. Taí a primeira coisa que eu aprendi com o orkut. Como todo mundo tá sempre vendo suas atualizações, seja por meio do seu perfil pessoal ou de outros, nada melhor para dar aquela cutucada em alguém.

Esses dias passei a reparar nas atualizações das pessoas. Bah, quantos "status pessoais" com frases do tipo "Quanto mais conheço os homens, mais gosto dos meus cachorros" e "O mundo dá voltas..." aparecem todo dia? Coisa de louco.

Outra lição importante: DR via orkut/msn não rola. Tudo que você disser pode e será usado contra você e provavelmente a outra parte está colando tudo pra um "amigo de confiança" que obviamente está rindo e contando pra outros. Isso é muito comum, já fizeram comigo, mas já é outra história. Fora que é muito fácil distorcer e manipular conversas...

Fora isso, cair naquele golpe da carolzinha_solteira_gatinha_18arrobahotmailpontocom (ou qualquer variação) acontece. É tão imbecil que você nunca vai esperar que alguém faça. Mas já rolou também. Alguém acaba sempre se descuidando. Uma vez, a amiga de uma ex fez isso comigo. Confesso que na primeira vez que a gente conversou eu acreditei. Mas tem muito detalhe que entrega... Whatever.

Muita gente se esconde no anonimato que a internet proporciona. Isso é o mais perigoso. Tem aqueles casos das santinhas que viram piriguetes na internet... Como dizem, "se esfrega a lâmpada tem que brincar com o gênio" ahaha. Mas eu vou falar disso depois.

Bom fim de semana pra quem tiver lendo.

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Listening to: Alexisonfire - .44 Caliber Love Letter
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sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Os primórdios do futebol em Belo Horizonte e a fundação do Clube Atlético Mineiro.

Segue um texto que eu recebi no e-mail ontem, escrito por alguém com pseudônimo de Cajabis Cannabis. Fala sobre a história do futebol em BH e sobre a fundação e consolidação do Atlético como único clube de massa de Minas Gerais. É grande mas vale a pena. O link da postagem original é esse.

Os primórdios do futebol em Belo Horizonte e a fundação do Clube Atlético Mineiro.

Nos primeiros anos do século passado, BH era uma cidade com o traçado claro: a Avenida do Contorno delimitava o espaço nobre, moderno, limpo e urbano destinado às classes altas. A área periférica abrigava as classes mais baixas e não atraía investimentos públicos.

Nessa época, o futebol chegou ao Brasil como um esporte de elite. Os clubes refletiam a hierarquia social e só aceitavam como sócios ou jogadores os membros da alta classe. Havia pouca opção de lazer para os mais pobres. O Atlético Mineiro Futebol Clube foi o primeiro time da capital mineira a aceitar em seus quadros qualquer pessoa, independente de sua classe social. Por isso, esse clube pode ser considerado um dos poucos pontos de integração social da Belo Horizonte do início do século.

Falta de lazer leva a população ao futebol

Havia poucas opções lazer em Belo Horizonte no início do século e essas opções eram dirigidas à elite. O Clube Recreativo, fundado em 1894, o Hipódromo inaugurado em 1906 e as casas de diversões eram incentivados pela Prefeitura através de isenção de impostos e doações.

Por essa época, o futebol começava a se popularizar no Brasil, introduzido por Charles Miller em São Paulo. Em 1903, chegou à cidade o estudante carioca Vitor Serpa, que aprendera a jogar futebol na Suíça. No ano seguinte, Serpa começou a divulgá-lo entre alguns amigos. Em 10 de junho de 1904, Serpa e dezenas de companheiros fundaram o Sport Club Foot-ball, primeira agremiação de futebol criada em Belo Horizonte. O Clube era formado por membros da elite da capital: estudantes, funcionários públicos e comerciantes. O campo foi construído na Rua Sapucaí e, no dia três de outubro, aconteceu a primeira partida de futebol na capital, entre dois times do próprio Clube: o de Vitor Serpa e o do presidente da associação, Oscar Americano. Venceu o time de Serpa, por 2 a 1. (Na foto: José Gonçalves, fundador e jogador do Sport Club, primeiro time de futebol de Belo Horizonte)

O futebol começava a ser praticado apenas pela elite da capital mineira, tendência que se refletia em todo o país. Em São Paulo, no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul, os primeiros clubes (Associação Atlética Mackenzie, Fluminense Futebol Clube, Grémio Foot-Ball Porto Alegrense, respectivamente) eram times de elite, que só tinham jogadores e membros da diretoria que fossem universitários, profissionais liberais ou comerciantes. Pessoas de menor condição financeira não entravam.

Ainda em 1904 eram fundados em Belo Horizonte dois clubes: O Plínio Futebol Club e o Clube Atlético Mineiro, que não deve ser confundido com o atual. Esses clubes eram formados basicamente por estudantes. Criou-se, então, uma liga de futebol entre os três clubes e começaram a disputar um campeonato. O Sport Clube se inscreveu com dois times: o Vespúcio e o Colombo. O Atlético também se inscreveu com dois times: o Atlético e o Mineiro. O Plínio entrou no campeonato com apenas um time.

O futebol começava a se destacar entre os membros da elite belorizontina: o campeonato vinha sendo noticiado com certo destaque pelo Minas Gerais, que inclusive publicou na edição de 6 de novembro de 1904 uma tabela da posição dos clubes nesse primeiro campeonato da cidade.

Infelizmente, o campeonato não foi concluído. As chuvas do mês de novembro estragaram os campos e os jogadores, em sua maioria estudantes, entraram em férias escolares e retornaram para suas cidades de origem, já que boa parte deles vinha para Belo Horizonte apenas para estudar. Vitor Serpa retornou ao Rio, aonde veio a falecer em 1905.

Decadência e ressurgimento do “foot-ball”

A primeira experiência do futebol em Belo Horizonte foi intensa, porém fugaz. Em princípios de 1905, a cidade tinha sete associações de futebol: O Sport Club, O Estrada Futebol Clube, o Atlético Mineiro Futebol Club (novo nome do Atlético Mineiro) o Brasil Futebol Clube e o Viserpa Futebol Clube (nome homenageando Vitor Serpa). Apesar de tantos clubes, os jogos foram rareando e o interesse foi diminuindo. Todos esses clubes tiveram vida curtíssima, com exceção do Sport, que sobreviveu até 1909.

Os fãs do futebol foram ficando descontentes com a situação. O máximo que se organizava agora, eram "peladas" esporádicas. Nos encontros no Parque Municipal, os estudantes se reuniam para os passeios de domingo ou para as corridas de bicicletas, também realizadas nos fins de semana. O futebol ficou, durante algum tempo, relegado a segundo plano.

Nasce o Clube Atlético Mineiro

Em março de 1908, um grupo de estudantes se reunia, como de costume, no Parque Municipal. Liderados por Margival Mendes Leal e Mário Toledo, estavam decididos a fundar um novo clube de futebol em Belo Horizonte. Em 25 de março, os rapazes mataram aula e, numa quarta-feira ensolarada, nascia o Atlético Mineiro Futebol Clube, "para sufocar todos os outros". Seguiram-se outras reuniões, realizadas sempre no Parque, nessa época freqüentado apenas pela elite da capital.

O Atlético nasceu como sendo um time de estudantes, ou seja, da elite belo-horizontina. O que diferenciava o Atlético dos outros clubes é o fato de que, desde os primeiros tempos, seus quadros estavam abertos a qualquer pessoa. Pouco a pouco, o Atlético se firmava como o time do povo. E, em suas primeiras partidas, o time já acumulava vitórias. Em 1909, derrotou o Sport Club três vezes consecutivas, o que determinou a dissolução do time fundado por Vitor Serpa.

O Atlético cresce, junto com o futebol e a cidade

Na década de 10, Belo Horizonte tinha uma população crescendo ininterruptamente. E, graças à fundação do Atlético, o futebol na cidade ganhou um novo ímpeto. Nos três jogos disputados contra o Sport, em 1909, o público presente no campo (local onde hoje fica a Secretaria de Agricultura) foi de cerca de 3 mil pessoas, quando a capital tinha cerca de 30 mil habitantes. Nessa nova "onda" futebolística, viriam a surgir outros dois importantes clubes: o Yale Atlético Clube, em 1910, e o América Futebol Clube, em 1912. O futebol se enraizava, definitivamente, na capital.

O começo, no entanto, foi difícil. A primeira diretoria do Atlético era composta pelos próprios atletas: ao mesmo tempo que cuidavam da parte administrativa, tinham que treinar e jogar no time. Para se ter uma idéia da precariedade do clube, o Atlético ganhou da Prefeitura um terreno para construir seu campo e sede na rua Guajajaras, entre São Paulo e Curitiba. O campo não tinha mais que uns 30 metros de largura por uns 75 metros de comprimento, bem abaixo das medidas oficiais. Não havia marcas laterais e a bola saía de jogo quando rolava pelo barranco abaixo. As traves eram dois paus colocados verticalmente e o travessão era uma corda esticada. Já nos primeiros dias, roubaram as traves. Posteriormente, o Atlético passou a ocupar o campo que foi do Sport Club, ao lado da estação ferroviária.

Enfrentando tantas dificuldades numa cidade tão carente de recursos (a diretoria do Atlético teve que procurar muito para comprar uma bola, e assim mesmo tiveram que se contentar com uma usada, pois nenhuma outra foi encontrada em todo o comércio), o futebol começava a tomar gosto não só da elite, mas do povo em geral. Os jogos atraíam um crescente interesse e o Atlético já contava com uma grande torcida por motivos óbvios: dos três times da capital, o Atlético era o único clube que não impunha restrições à entrada de jogadores ou sócios. O Yale, clube da colônia italiana cuja dissidência daria origem em 1921 ao Palestra Itália, não via com bons olhos a inclusão de não italianos ou descendentes em seus quadros. E o América só aceitava estudantes ou pessoas de posse, sendo um clube altamente elitista.

Time sai invicto e conquista campeonato

(Na foto: Atlético, primeiro campeão mineiro - 1915)

Em 1914, já com o nome atual de Clube Atlético Mineiro, o time se inscreveu no primeiro torneio de futebol oficial realizado em Belo Horizonte. Invicto, conquistou o título. No ano seguinte, seria disputado o primeiro campeonato estadual de futebol em Minas e o Atlético novamente venceu. Nesses primeiros anos, o Atlético começaria a se impor como o clube mais popular da capital mineira. E é interessante constatar que, apesar de o América ter sido campeão mineiro por dez vezes consecutivas (de 1916 a 1925), o Atlético era o time que mais crescia em Belo Horizonte, sendo inclusive convidado para jogar em outras cidades, o que era bastante raro na época.

A discriminação existente nos outros clubes iria perdurar nos anos vinte e trinta. Só em 1927 o Palestra Itália permitiria o ingresso de não italianos em seus quadros como sócios ou como jogadores, mas ainda assim os não "oriundi" eram quase sempre barrados no time de futebol, dando-se preferência aos "italliani". Nos anos 30, o América ainda restringia o acesso de jogadores pobres durante os testes aos quais eram submetidos os atletas. Cidinho, o "Bola Nossa", que foi juiz de futebol nos anos quarenta, conta que, no início dos anos trinta, foi fazer um teste para conseguir entrar nos times juvenis do América e do Palestra, sendo recusado por ambos. Era pobre e não era italiano... No Atlético, foi incluído no time e foi campeão mineiro juvenil no ano de 1934.

No período de 1926 a 1939, o Atlético consolidou sua posição de maior clube de Minas Gerais e o mais popular, ganhando inúmeros títulos, inclusive o de Campeão dos Campeões do Brasil, em 1936 - e revelando craques diversos.

O Atlético ofereceu à população mais pobre de Belo Horizonte uma oportunidade de inserção no lazer da capital. Já em 1927, o jornal Vida Sportiva tecia esse comentário nada lisonjeiro sobre a popularização do futebol:

"O futebol revestiu-se, nos seus começos, de um cachet de fina elegância e alta distinção. Distinção do 'referee' (árbitro) e distinção de linguagem do cronista. Tratava-se, não há dúvida, de uma diversão de elites. Depois, dizem que o futebol evoluiu... Generalizou-se, democratizou-se, banalizou-se. E perdeu, no mesmo passo, o primitivo cunho de elegância. Enfim, evoluiu e continua a evoluir... Para o "Bambam-bam". (Jornal Vida Sportiva, de 19/11/1927)

Era um caminho sem volta. Isso porque o futebol passou a fazer parte do gosto popular e o povo já se identificava com ele. As massas suburbanas segregadas pelo Poder Público se identificaram com a agremiação que as escolhia sem fazer distinções: o Clube Atlético Mineiro.

Na foto: Atlético - final da década de 20.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Seleção do campeonato brasileiro 2008.

Hoje na comunidade do Atlético tinha um tópico sobre a seleção do Brasileiro de 2008. Tentei seguir a brincadeira, com o mínimo possível de clubismo (queira ou não, tem jogadores e times por aí que você acaba preferindo a outros...).

Victor (GRE)

Vitor (GOI)
Rever (GRE)
André Dias (SPO)
Juan (FLA)

Guiñazu (INT)
Hernanes (SPO)
Tcheco (GRE)
Alex (INT)

Keirrison (CTB)
Kleber Pereira (SAN)

Técnico: Muricy Ramalho.
Revelação: Keirrison.

Acho, sinceramente, que não tem como fugir muito disso.

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Now playing: Offspring - Come Out and Play
via FoxyTunes

sábado, 22 de novembro de 2008

Watch out!

Seguindo a lista de bandas recomendadas, hoje vou falar de AOF.

Alexisonfire é uma banda canadense de post-hardcore. A origem do nome, segundo reza a lenda, é uma homenagem à única "contorcionista" lactante do mundo. Se é verdade ou não já é outra história, sei que é fato que existe uma atriz de filme pra adultos com o nome de Alexis Fire.


A descrição do som não é fácil. A melhor palavra é antítese. Primeiro porque ou você ama AOF ou odeia. Não tem meio termo. Alguns se surpreendem e acham genial. Outros não vão querer ouvir nunca mais. Não preciso falar em qual grupo eu me enquadro.

Dallas, Wade, George, Jordan e Chris começaram no underground de Ontário, no Canadá em meados de 2002. De lá pra cá, 3 cds e um split com a banda Moneen. O que mais me impressiona é a variedade das músicas e a combinação das letras. Em um ouvido, os vocais melódicos de Dallas, acrescidos também da voz de Wade, falam de atos impulsivos. No outro, George berrando como um condenado, tudo se contrapondo, como se fossem uma dupla de anjos e demônios de desenho animado sentados em seus ombros, um falando pra fazer o bem e o outro pra destruir.

Recomendo muito pra quem não conhece. Mas é naquele esquema de 8 ou 80, já vão avisados.

PS.: Pra quem preferir o vocal melódico do Dallas, tem também o projeto acústico paralelo chamado City and Colour.
PS.2:
Escute aqui AOF e City and Colour aqui.

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Now playing: Reffer - Feeling Changes
via FoxyTunes

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

How to fold a shirt in 5 sec.



Eu ainda não consegui encontrar a camisa...

"Shirt? There was a shirt in that video?"

Vi no Bobagento.


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Now playing: Finch - Three Simple Words
via FoxyTunes

Brain Ninjas.



FATO!

Dane Cook é um stand-up comedian americano. Nesse vídeo ele fala sobre fim de relacionamentos e sobre o que ele chama de "brain ninja", ou seja, a habilidade das fêmeas em instalar na cabeça do homem uma bomba relógio que explode a qualquer hora. O vídeo é meio grande mas vale a pena.

Qualquer semelhança com a realidade não é mera coincidência.

PS: outra apresentação aqui, aqui e aqui. Deus abençoe o Youtube.

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Now playing: The Clash - Should I Stay Or Should I Go
via FoxyTunes

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

"Vamos transformar o Mineirão num inferno".

Ave Kalil!

Acho que fazia quase um ano que eu não voltava do Mineirão tão feliz. Não por ganhar do Vasco, que pra mim é chutar cachorro morto na atual situação. Mas por ver a festa da Massa. Tô com a garganta sangrando de tanto gritar e garanto que pelo menos 80% dos 42.182 pagantes que estavam lá também estão.

Foi um jogo daqueles inesquecíveis. Primeiro pela situação. Estava na faculdade até quase 21 horas, e o jogo começava às 22:00. Eu e mais um amigo "fretamos" uma carona pra nos levar lá. Chegamos eram 21:20 mais ou menos. Ingressos comprados (de arquibancada inferior), fomos tomar uma gelada pra animar. Algumas brejas depois resolvemos entrar. Nisso eram 21:45 e o portão estava fechado. Quase mil pessoas, diminuindo e muito a contagem, tentando passar por uma portaria e a catraca estava quebrada... Brincadeira. Lésbica na fila (só quem viu sabe...) e empurra empurra. Entramos já estava 1x0. Gol de Castillo, que voltou a jogar bem.

Quando entrei, o Vasco tentava em vão algum ataque. Mas o Atlético estava melhor e não tardaria a fazer 2x0. Renan Oliveira. O primeiro tempo acabou com alguns coros de "Renaaaato veado!" e "Oléeee". O Galo estava sobrando.

Segundo tempo começou com o Vasco em cima, mas sem apresentar perigo. Bom para o Galo, time de contra ataque. Num desses, após grande cruzamento na área, Castillo sofre penalti. Leandro Almeida (grata surpresa como batedor) converte. 3x0. Em outro contra ataque, minutos depois, de novo penalti, dessa vez em Pedro Paulo. Leandro Almeida de novo. 4x0.

Como já disse no outro post, "com Edson em campo não tem placar em branco". Falha grotesca da defesa e sobretudo do "Mão de Quiabo". 4x1, gol de Madson, o único lúcido no lado cruzmaltino. Ainda teve o Leandro Amaral (jogou maaaal) batendo penalti à la Baggio.

Fim de jogo em festa. Galo ganhou a terceira seguida. E agora, como vou embora? Gogo taxi.

Peguei o taxista mais insano de BH. Cheguei em casa em tempo record, nem calçada o infeliz respeitava. Mas pelo menos cheguei vivo. E pronto pra outra.

Que venha o próximo jogo em casa.

Como disse o novo presidente Alexandre Kalil: "Vamos transformar o Mineirão num inferno!" (de novo). Atlético com torcida em campo é difícil de ser batido, e após os protestos por causa da administração passada voltamos a apoiar. Nunca abandonamos o Galo, mas agora estamos de volta pra casa. E ninguém segura.

Atlético atuou com:
Juninho (depois Edson, azarado como sempre); Sheslon (seguro), Leandro Almeida (tem estrela), Welton Felipe (jogou muito) e César Prates (de novo fazendo um penalti imbecil); Nen (seguro), Márcio Araújo (não comprometeu), Élton (não comprometeu, depois Yuri que atuou pouco tempo), Renan Oliveira (melhor em campo); Marques (procurou o jogo e saiu cansado pra entrada de Pedro Paulo que aprontou uma boa correria) e Castillo (oportunista e se movimentou bem).
Técnico Marcelo Oliveira (se não vier um de ponta pro ano que vem, continua sendo a melhor opção).

Vasco com:
Rafael, Wagner Diniz, Eduardo Luiz (Leandro Bonfim), Jorge Luiz e Odvan; Rodrigo Antônio, Mateus, Jonilson "um querendo comer o outro", Madson (melhor do Vasco, depois Pedrinho); Edmundo e Leandro Amaral.
Técnico Renato Gaúcho.

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Now playing: Bear Vs. Shark - Heard Iron Bug, "They're Coming To Town"
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segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Dor de cabeça, garganta ressecada.

Hoje eu voltaria com comentário do Brasileirão. Mas não vou comentar porque não vi o jogo do Atlético. Estava ocupado.

Extasiado.

Show do Offspring foi o melhor que eu já fui. Talvez exagero (porque não vi o show direito, tava alterado já). Mas com toda certeza, TOP 5. Ainda teve Tianastácia gravando dvd. De resto, cerveja e comida de graça. Sinceramente, nem lembro das outras bandas.

E BH continua sendo um ovo.

Quarta eu volto com a programação normal.

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Now playing: Charlie Brown Jr. - Não Deixe O Mar Te Engolir
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sábado, 8 de novembro de 2008

Saudades da internet discada.

Tenho saudades da internet de verdade. Sério.

Saudades daqueles tempos de AOL discada (e daqueles cds de "amostra grátis" por 3 meses). Saudade daquele "Até logo!" que me matava de raiva toda vez que a net caia. Saudades daquele padrão de jogar paciência até dar meia noite na sexta. Saudades de levar horas pra baixar 10mb (mentira, disso não).

Eu, no alto dos meus 11 anos, esperava até tarde pra poder ficar algumas horas no icq com alguns amigos. Cara, isso não tinha preço. Lembro de baixar Nirvana no IMX (era alguma sigla do tipo) e ouvir horas e horas a mesma música. Putz, hoje em dia baixo albuns levando o mesmo tempo e raramente tenho tempo pra ouvir um inteiro. Valorizava cada uma das minhas 30 mp3 que nunca variavam do que tocava na Mtv... Era Crawling e In the End do Linkin Park (depois With You e A Place for my Head, que meu primo descobriu aleatoriamente) e algumas do Nirvana que eu ouvia na escola. Não fugia disso, nunca. Sabíamos todas de cor. E nos orgulhavamos disso. Hoje, tenho 20gb de música e garanto que nunca ouvi (de fato) pelo menos 20%. Conheço gente numa situação "pior".

Outra coisa que eu sinto falta é o ICQ. Sério. Desdaquele barulho de buzina de navio quando entrava, até o O-OW quando chegava mensagem passando claro pelo barulho de máquina de escrever quando você digitava. Isso sim era IM. Fora que dava pra procurar pessoas por cidade, sexo, idade... Passei madrugadas de sábado procurando MULHERES-RECIFE-14 ANOS. Tenho até umas boas histórias disso, depois eu conto. Único defeito era que eu nunca decorava aquele número e toda vez que baixava o programa, tinha de fazer um uin novo e começar a caçar meus amigos de novo. Depois tentei migrar pro mIRC mas nunca tive saco. Pulei direto pro msn e dai tudo desandou.

Enfim, eu era feliz e não sabia. Não tinha orkut e nunca tinha contato com gente do tipo das que rondam no PGA. Acho que o orkut contribuiu, e muito, pra esse meu niilismo virtual.

Acho até que esse saudosismo é normal. A internet ainda era novidade naquela época... Achava o máximo o bate-papo da uol. Depois migrei pro Bacaninha e pro Fulano (com aqueles bonequinhos ahah). Humortadela era o top piadas internas naquela época. Só quem tinha internet (e eram poucos) sabiam o que se passava naquele site. As piadas eram todas comentadas. Bons tempos.

Primeira vez que tive internet à cabo foi uma festa. Em uma semana, já tinha 100 mp3. ahaha Pensem nas possibilidades... Mas ainda sinto falta daquela mágica por trás da internet. De aproveitar seus minutos preciosos e entrar no site da playb... digo, fazer aqueeeela pesquisa de geografia no cadê.

Bons tempos. Eu fiquei velho, ou será que era assim com todo mundo?

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Now playing: Raimundos - Alegria
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terça-feira, 4 de novembro de 2008

Mesa Redonda.

Comentários sobre o fim de semana (esportivo), tomara que virem hábito.

Primeiro, Hamilton bem que tentou ser vice. Mas o título não poderia ir para outro. Muito se criticou Timo Glock, o alemão da Toyota por ter "deixado" Hamilton ultrapassar na última curva (literalmente). Mas será que tinha alguma coisa pra ele fazer? Sério.

Ah, quem perdeu o título foi a Ferrari. Durante o ano, Massa pagou pelos inúmeros erros da equipe. Erros que variaram de estratégias a falhas no pit-stop. Coisas inimagináveis na F1, vindas da Ferrari então... No mais, a temporada marcou a estréia (de fato) do alemão Vettel que aparentou ter futuro promissor. Mas tava tudo meio que ajustado. Obvio ululante que o inglês ia se tornar o mais novo campeão mundial... Mas confesso que por breves 3 ou 4 voltas eu cheguei a acreditar no título do Massa. E quem não?

Mas parabéns ao Hamilton que mereceu. De verdade. E ano que vem promete. Tomara que o Alonso esteja com um carro de verdade desdo começo da temporada.

E que vergonha da torcida brasileira vaiando o legitimo campeão só porque o Massinha não venceu. Vergonha.

Sobre futebol, essa rodada do Brasileirão foi boa para o Atlético. Vencemos e vimos o Cruzeiro mais longe do título. Fora isso, vencer o Botafogo foi muito bom. Estavamos engasgados com esse time. 7 anos é muito tempo. E agora a tendência é outra, time e torcida parece que se uniram novamente (pela volta do Kalil ao comando, em grande parte).

O jogo foi menos complicado do que pareceu. Aliás, o Atlético (como vem fazendo normalmente no campeonato) dominou o jogo mas pouco concretizou. E com Edson em campo (isso é motivo pra um post mais pra frente) não tem placar em branco.

O Botafogo começou melhor no primeiro tempo. Tal domínio durou até os 15 minutos. Depois o Galo colocou ordem em casa. Com uma arrancada sensacional do jovem Welton Felipe (repetindo as boas atuações pelo Ituiutaba no Mineiro desse ano) que resultou num penalti. Duvidoso, diga-se de passagem. Mas quem liga? Importa é que Leando Almeida bateu com maestria e converteu. 1x0. Depois disso o Atlético continuou martelando. Mas sem objetividade. Castillo, Marques e Raphael Aguiar aprontaram correria no ataque, mas na hora da finalização... Teve bola na trave pros dois lados (a do Botafogo quando ainda tava em 0x0) e fim de primeiro tempo.

Os times voltaram iguais. Bom sinal. Mais ou menos. O Botafogo começou melhor, de novo. Alguns sustos, até que Edson cortou um cruzamento na área e ligou rápido o contra ataque com Marques. Bola de pé em pé até chegar a Márcio Araújo que foi derrubado por Rodrigo Sá, do Botafogo. Último homem, expulsão. Aí parecia que tudo se tranquilizaria. Um homem a mais em campo. Engano. Num contra ataque o Botafogo empatou com Carlos Alberto. Parecia que o filme se repetiria.

Mas aí brilhou a estrela do Pet. E do técnico Marcelo Oliveira. Em bola alçada na área pelo sérvio, que acabara de entrar, Leandro Almeida (de novo) escorou para o gol. Festa nas arquibancadas. A partir daí, o Atlético começou a administrar o jogo. Mas como era o Edson no gol (que aliás fez boas defesas, sendo justo), tinhamos de tomar mais alguns sustos. Nada demais, pra quem já está acostumado.

Fim de jogo, Atlético 2x1 Botafogo. Voltamos à 12ª posição. Pouco pelas espectativas da torcida. Mas melhor que nada.

Atlético 2 x 1 Botafogo.
Motivo:
33ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2008.
Árbitro: Evandro Rogério Roman (Fifa-PR).

Atlético:
Edson:
boas defesas, mas continua inseguro.
César Prates: não comprometeu.
Leandro Almeida: melhor em campo, seguro na defesa e autor de dois gols.
Welton Felipe: bom jogo, mas continua estabanado.
Raphael Aguiar esforçado.
Nen: seguro, merece mais chances. Deu lugar a Petkovic: único pensante na equipe, indispensável para o time, ainda que atue só meio tempo.
Márcio Araújo: boa atuação, marcou bem e se apresentou nos contra ataques.
Élton: apagado, mas não comprometeu.
Renan Oliveira: bom jogador, só precisa de mais vontade. Meio apagado e lento, as vezes.
Marques: guerreiro, mas as pernas já não acompanham mais a cabeça. Seria uma boa alternativa para o segundo tempo, a meu ver. Deu lugar a Pedro Paulo: esforçado, mas limitadíssimo. Teve pouco tempo pra mostrar qualquer coisa, aliás.
Castillo: acho ele um bom jogador, com boa presença de área. Falta alguem para fabricar as jogadas. Nesse jogo porém, pouco produziu. Deu lugar a Beto: que pouco fez pois jogou pouco tempo.
Marcelo Oliveira: modificou bem, na hora certa. Mas continuo achando que está longe de ser o técnico ideal para o ano que vem.

Botafogo: Renan; Tiaguinho (Edson), Émerson, André Luiz e Triguinho (Luciano Almeida); Diguinho, Rodrigo Sá, Jorge Henrique e Carlos Alberto; Wellington Paulista (Eduardo) e Lucas. Téc: Ney Franco.
Destaque para Carlos Alberto que foi o mais lúcido do time carioca.

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Now playing: Glassjaw - Convectuoso
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sábado, 1 de novembro de 2008

Dalhe Massinha!

Sobre a final na F1 amanhã, alguns comentários.

Primeiro, acho que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar. A situação no ano passado era bem parecida e o menos provável aconteceu. Hamilton errou e tudo deu certo para a Ferrari. Acho muito difícil acontecer o mesmo no GP do Brasil de 2008. Vale dizer que Hamilton aprendeu com os erros e hoje é um piloto melhor do que era em 2007. Cabe dizer também que, as atenções estão focadas nesses erros e toda a equipe está atenta para que não se repitam. Segundo porque em todas as vezes que o Massa esteve com a faca e o queijo na mão, ou ele errou ou a equipe o derrubou. Sinceramente, acho mais fácil isso acontecer do que Hamilton errar. Mas tudo é possível. Vejo vários entendidos afirmando que Hamilton não é bem visto pelos outros competidores, e temo pela falta de esportividade.

- Estou achando que Lewis Hamilton não passará da primeira curva da corrida. Tem muito piloto no grid que não vai com a cara dele - afirmou Nelson Piquet na globo.com.

Que a vitória de Massa seja na pista (e justa).

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Now playing: The Killers - Mr. Brightside
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sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Man in Black.

Continuando meus posts sobre música, hoje vou falar sobre Johnny Cash.

Conheci Cash em 2003. Justamente na época de sua morte. É até engraçado, senti afinidade com o som na hora. Meio inexplicável, primeiro porque ele nunca foi muito reconhecido (principalmente aqui no Brasil). Falo isso porque poucos o conhecem tendo em vista seu talento. Segundo porque country não é lá muito meu estilo. Mas essa é uma das coisas que simplesmente não se explicam.

Aliás, indicar apenas um cd do Cash é impossível pra mim. Dou graças a Deus por existir internet, que me propiciou o prazer de conhecer de maneira mais ampla sua discografia (apesar de não conhecer nem um décimo). E falo sério. Cash deve ter lançado, por baixo, uns 40 álbuns. Isso em quase 50 anos de carreira. Fez inúmeras parcerias, de Bob Dylan até Flea (Red Hot Chili Peppers), teve problemas com drogas (anfetaminas, sobretudo), converteu-se em religioso, casou-se com a mulher da sua vida... e foram enterrados lado a lado. Cash viveu uma vida completa.

Basicamente, recomendo Cash em duas oportunidades. Em estúdio, o 4º álbum do box American, entitulado The Man Comes Around. Em performance ao vivo, At Folsom Prison, de 1968.

Sobre Cash, vale dizer também que ele se vestia sempre de preto, contrariando a maioria dos artistas country da sua época que vestiam roupas claras. A justificativa, vem na letra de Man in Black, de 1971.

"I wear the black for the poor and the beaten down, / Livin' in the hopeless, hungry side of town, / I wear it for the prisoner who has long paid for his crime, / But is there because he's a victim of the times"

Outro episódio que vale destacar, aconteceu em 1996. Cash, já com a carreira em decadência, se aliou a Rick Rubin (que trabalhou, entre outros, com Red Hot Chili Peppers e AC/DC) e lançou dois álbuns. Um desses, Unchained venceu o Grammy de Melhor Álbum Country, mesmo com a falta de apoio de muitas rádios country. Cash então, comprou um anúncio na Billboard (revista americana especializada em música) e ironicamente, agradeceu ao "apoio". Claro, acompanhado de uma foto com o dedo médio esticado.


Fora isso, ainda fizeram um filme sobre a vida dele. Por sinal eu ainda não vi. Sei que lá na gringa, foi lançado com o nome de Walk the Line, com Joaquin Phoenix (Lucius Hunt, de A Villa) e Reese Witherspoon (a gostosinha do Legalmente Loira).

Taí um cara com culhões. O mundo ficou menos másculo após sua morte.

God speed you Mr. Cash.

PS.: aliás, o Matanza fez um cd só de covers do velho de preto. To Hell With Johnny Cash, lançado em 2005 pela Deck Disc. Mas não chega aos pés do original.

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Now playing: Hot Water Music - A Clear Line
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quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Run, Rubens, Run!

Ou, de como Rubinho é injustiçado.

Hoje estava no Superesportes vendo notícias do Atlético quando me deparo com a seguinte matéria:

Sem apoio da Honda, Rubinho conta com fãs para seguir na F1.

Na boa, que sacanagem. Falando sério.

Barrichelo surgiu como uma revelação no kart brasileiro nos anos 80. Foi cinco vezes campeão nacional, o que lhe proporcionou uma vaga na Fórmula Opel e em seguida na Fórmula 3 Inglesa (tendo como seu coadjuvante, David Coulthard). Aos 19 anos, foi competir na Fórmula 3000, que hoje é a GP2. Em seguida, sua grande chance. Em 1993, estrearia na F1.

E daí tudo começou. Estreou justo no ano do vice campeonato do Senna. E em 94, todos sabem que grande perda o automobilismo nacional teve. Dai começaram as cobranças. Por melhor piloto que o Rubens fosse, sempre ficava a lacuna de gênio a ser preenchida com a morte do Ayrton. E ele sentiu isso. Passou anos como mero participante, limitado pelo carro que pilotava. Passou por Jordan e Stewart, onde após alguns bons resultados acabou despertando a atenção da milionária McLaren que, em 99, havia acabado de ser campeã do mundo com o finlandês Mika Hakkinen. A partir desse interesse, Rubinho acabou atraindo a Ferrari... E aí sim, viria uma chance pro paulista brilhar.

Ledo engano. Rubinho entraria mais uma vez no posto de coadjuvante. Mas dessa vez, participou de uma das duplas mais vitoriosas da história do automobilismo, mesmo que quem vencesse na grande maioria das vezes fosse seu parceiro. Vale dizer, que nesses anos a Ferrari sobrou tanto no campeonato que Rubens sagrou-se vice campeão em duas oportunidades. Seu período na Ferrari continuaria assim. No penta (seguido) de Schumacher, Rubinho teve papel importante em todas as temporadas. Conquistou inclusive algumas vitórias (9, no total), incluindo a mais emocionante que eu já vi.

Rubinho largou em decimo oitavo. Era o circuito de Hockenheimring, na Alemanha. Logo na largada, Michel Schumacher bateu. Entre muitas idas e vindas, Rubinho foi ganhando posições. Lembro-me como se fosse ontem. Simplesmente genial. Quando nos assustamos, Rubinho já estava pontuando. E num daqueles dias que tudo deu certo, numa chuva que atrapalhou a todos menos ao brasileiro, ele recebeu de presente a primeira colocação. Lembro até hoje da discussão entre Reginaldo Leme e Galvão Bueno (duas velhas ranzinzas, como diz meu pai) discutindo sobre a estratégia do piloto em não parar para trocar os pneus. Rubens contrariou inclusive o chefe de equipe. Foi emocionante até o fim, e como não tinha idade na época do Ayrton, foi meu primeiro tema da vitória. Emocionante. Inesquecível.

Depois vieram outras vitórias, mas aquela é inigualável. Nenhum piloto vai conseguir algo parecido. Nunca.

E isso fez Rubens eterno, pelo menos pra mim. Mesmo sendo chacota no Brasil, alvo constante de programas de tv e etc., Rubinho nunca abaixou a cabeça. E isso faz dele um vencedor. Segundo Reginaldo Leme (um dos maiores conhecedores de automobilismo do país), o maior corredor em pista molhada que a F1 já viu.

Voltando ao assunto do começo, tremenda babaquice da Honda não renovar com o Rubinho. Uma vez que o carro não é competitivo, nada mais justo que prestar uma homenagem ao piloto com maior número de GPs disputados. Provocar a aposentadoria "forçada" de um ícone como esse, é um tiro nos pés.

Toda a sorte no mundo pra esse ídolo do esporte.

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Now playing: Camisa de Venus - Não Sou Passageiro
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terça-feira, 28 de outubro de 2008

Os melhores 40 minutos da minha vida.

Esses dias falaram que eu tenho um gosto musical muito alternativo. Partindo disso, resolvi fazer um post sobre os melhores cds, pela minha visão.


Começo hoje com um cd que me apresentaram por volta de 96. Eu nessa época tinha simples e inocentes 7 anos. Confesso que a primeira vista o misto de hardcore com forró me assutou. E aquelas letras com palavrão... Lembro como se fosse ontem da primeira vez ouvindo Selim e acompanhando a letra no encarte.
Alguns anos depois, meados de 2000, Raimundos estourou na mídia com aquele cd Só no Forevis. Voltei a ouvir, mas nunca achei a mesma coisa. Aquele outro cd ainda era o melhor. Depois disso veio o Ao Vivo Mtv, mas também não me empolgou muito. Precisava daquele cd.

Numa dessas coincidências, acabei encontrando esse cd numa loja lá em Recife. 25 reais mais bem gastos da minha vida. E eu falo sério. Depois desse dia, escutei esse cd mais ou menos umas 12 vezes por semana. Isso durou uns 6 meses. Ainda hoje escuto, com menos frequência claro. Fora as músicas do Zenilton que dispensam comentários, não canso de ouvir Palhas do Coqueiro e Nêga Jurema (demorei pra decorar essa letra...).

Com toda certeza Raimundos formou meu perfil musical. A partir deles passei a procurar outras bandas do tipo. E me deparei com Planet, Ramones, Ratos, Velhas...

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Now playing: Ratos de Porão - Próximo alvo
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segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Fly a Balloon.

Clique no link, tire a mão do mouse e aproveite.

Sensacional.

PS: Não maximize a janela.

Recebi isso no e-mail hoje cedo, nunca tinha visto.

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Now playing: Bad Religion - Beyond Electric Dreams
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But the consequences clear...

Há alguns dias eu fiquei de postar essa história aqui. Precisamente há uma semana.

A vida inteira eu falei que tiraria o título de eleitor com 16 anos. Que achava patriótico (haha) exercer meu direito de eleger meu representante e blábláblá. Acontece que quando eu tinha 16 anos me desiludi com a política no Brasil. Primeiro porque quem ganhava aquela eleição era o Lula. Putz, quer desilusão maior? Segundo porque morava no interior, e se ia justificar não valia de nada tirar o título. Acabei deixando pra lá. Acontece que ano passado fiz 18 e tinha de tirar. Aliás, tirei ano passado exatamente pra evitar filas e burocracias esse ano.

Uma semana antes do primeiro turno da eleição pra prefeito/vereador desse ano, me deparo com um gênio na rua. Literalmente um mendigo. Seu nome? Isoé Jorge de Faria (isso eu descobri depois, no site do TRE). Ou popularmente, Cantor Raul.

Cantor Raul e seu lendário cachorro Roberto Carlos.

Um gênio no marketing eleitoral. Chegou se enturmando logo com as meninas da mesa. Depois, entre um santinho e outro que distribuia, cantava "Viva a Sociedade Alternativa!". Arrecadou alguns votos (ou não) e depois sumiu. Depois disso eu ainda o vi em mais duas oportunidades, em todas do mesmo jeito, com a bicicleta e o violão. Afinal, ele precisava do que mais? Isso pra se ver o nível dos candidatos a vereador.

Pra prefeito também era outro dilema. Um "poste sem luz própria" como me falaram esses dias e outro que acha que pra ser popular precisa falar que nem roceiro. Isso pra me reter apenas aos dois primeiros colocados (nas pesquisas e nas eleições).

Cheguei na hora do almoço na minha sessão. Chuva de papel na porta. Boca de urna comendo solta. Nunca o termo zona eleitoral esteve tão bem empregado. Na minha sala, só uma velha na frente. Mah que luta pra votar hein tia? Pelamor. Contados no relógio, 8 minutos que pareceram bem mais, tanto pra mim quanto para o mesário.

Meu voto se resumiu a um digito. Vezes dois. Confirma. Novamente um digito. Vezes dois. Confirma. Farei o mesmo no segundo turno. E digo: me encontro feliz entre os 123.650 que votaram nulo. E o Cantor Raul, atingiu 1.198 votos, ou 0,09%. Surpreendente. Não o suficiente pra se eleger. Uma pena (ou não).

PS: Aqui no site do Uai tem o vídeo de campanha dele.

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Now playing: NOFX - What's the matter with kids today
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Idiots Are Taking Over.

Darwin's rollin over in his coffin...

Tenho um amigo que fala o seguinte: "É só entrar na igreja pro meu senso crítico aflorar". Taí uma frase que se encaixa bem na minha vida.

Pra começar, não tenho nada contra quem segue uma religião. Tenho amigos (muitos) que seguem tais doutrinas. Tive inclusive namoradas mega-religiosas que inclusive tentaram me levar pras respectivas igrejas (mas isso já é assunto pra outro post). Isso não muda nada, só deixo sempre claro que não é pra mim.

Tô escrevendo isso pelo simples fato de que me mandaram hoje (tanto via orkut quanto via msn, e não foi a mesma pessoa) um pedido pra denunciar uma comunidade ateia (?!). Cara, desde que eu tenho orkut tem essa comunidade. Já foi deletada umas 12 vezes e sempre refazem. Sempre fica na casa dos 100 mil membros (mesmo sendo composta 90% de fakes). Acho o teor da comunidade ridículo e fútil. Mas até onde vai a tal liberdade religiosa? Ou, quem sou eu pra falar que o outro tem uma visão errada da vida? Falta essa noção pra algumas pessoas.

Acho muito difícil crer cegamente em alguma coisa, mas isso já é coisa minha. Aliás, meu pai é o cara mais anti-social da história e querendo ou não, eu herdei isso dele... Ele é do tipo que ia votar na época de cédula e escrevia "Vai tomar no centro do c*" no lugar de marcar um X no nome do Newton Cardoso pra evitar segundo turno (hoje ele se detém em apertar 99), de ouvir Caetano Veloso e falar: "Puta merda, mas esse inrustido é chato pra caralh*" e et cetera. Ele sempre me deu a oportunidade de procurar saber antes de acreditar. Esse é provavelmente o maior motivo deu ser atleticano, mas isso fica pruma próxima história também. Já discuti muito na vida sobre isso. E acho que o mais perto que eu cheguei de uma solução foi uma ameaça de morte que me fizeram, mas que ainda não se concretizou.

Futebol, política e religião não se discutem, já diria meu avô.

Finalizo com dois stand-up do maior gênio do gênero, George Carlin. Achei esses vídeos com legenda no site mynameis (tem muita coisa boa lá, vale a pena).

AVISO: comédia, ok?! Levem na brincadeira.

Religião é Besteira e Os Dez Mandamentos.

E se te faz feliz, continue. E pare de levar o orkut a sério.

PS: 1 - na hora do post tava ouvindo essa música mesmo, pura coincidência.
2- Fui ao cinema hoje, mas não vi "Ensaio Sobre a Cegueira" como havia falado. Vi um filme Steaven Seagal life style, que foi até bacana. Não lembro o nome, assim que lembrar faço um comentário mais detalhado. Entre mortos e feridos, ninguém se salvou.

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Now playing: NOFX - I'm Going To Hell For This One

domingo, 12 de outubro de 2008

Following your dreams, keeping yourself alive.

A teoria dos seis graus de separação originou-se a partir de um estudo científico, que criou o mito de que, no mundo, são necessários no máximo seis laços de amizade para que duas pessoas quaisquer estejam ligadas. No estudo, feito nos EUA, buscou-se, através do envio de cartas, identificar o números de laços de conhecimento pessoal existente entre duas pessoas quaisquer. Cada pessoa recebia uma carta identificando a pessoa alvo e deveria enviar uma nova carta para a pessoa identificada, caso a conhecesse, ou para uma pessoa qualquer de suas relações que tivesse maior chance de conhecer a pessoa alvo. A pessoa alvo, ao receber a carta, deveria enviar uma carta para os responsáveis pelo estudo.

E no mais, BH continua sendo um ovo.

Ensaio sobre a Cegueira hoje. Mais tarde comento. E sensacional calar 80 mil iludidos ontem, tava precisando daquilo.

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Now playing: Matanza - Tempo Ruim
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sábado, 11 de outubro de 2008

And no one said it was gonna be easy...

E se você simplesmente não pudesse falar? E se você tivesse que esconder uma coisa, só pra manter tudo como está?

Bah, as vezes é difícil se manter são.

Chegar em casa 3 da manhã tendo passado a noite (e o dia, por que não?) com essas dúvidas na cabeça não é muito bom. Será que tudo tem que ser mesmo como está?

E, afinal, quem disse que tem de ser fácil?

Dia corrido. Aliás, semana corrida. De bom mesmo, só a ida ao Hard Rock Café (horas memoráveis... ou teriam sido minutos?). Nem Ligeirinho teve essa semana. Semana atípica.

Aniversário da professora (duas grades!) foi a melhor oportunidade de sexta. Depois, macarrão (nem foi no Bolão...) e pronto. Todos em casa de novo.

É, ironicamente atípico.

One life one chance, gotta do it right!

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Now playing: H2O - One Life, One Chance
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quinta-feira, 9 de outubro de 2008

How long you can hide from what you are?

Em 25:

Epistemologia Jurídica - 9,00
Filosofia I - 22,00
História do Estado e do Direito - 14,50 (quase média, vá lá).
Introdução ao Estudo do Direito - não fiz (leia-se morri de medo e preferi não zerar).
Metodologia da Pesquisa - 21,00
Português - 24,00

Desespero. Sem KY.
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Now playing: Chico Science & Nação Zumbi - O Cidadão do Mundo
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No pain, no gain.

Cena em uma academia de Belo Horizonte, na segunda-feira:

(antes)
-Mah eu tô sem malhar há dois meses...
-Não dá nada, malha normal pela tua ficha. Se tu sentir alguma coisa, diminui o peso ou a série. Só não pode parar.
-Ah, se você tá falando eu confio.

(durante)
-Ah, tá tranquilo... Vou continuar.

(depois)
Dor. Muita dor.

Ps.: os personagens serão mantidos no anonimato para poupar qualquer represália. E diz pra Priscila que eu não volto até segunda, valeu?!

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Now playing: Nação Zumbi - Pela Orla dos Velhos Tempos
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quarta-feira, 8 de outubro de 2008

We'll call you when we get there.


Hoje a tarde vi A Casa da Mãe Joana, filme escrito pelo ator Hugo Carvana. Seguindo a mesma lógica de outros filmes nacionais, é um filme engraçado sob alguns aspectos mas bem forçado em outros.

Por exemplo, segue aquela máxima de filme brasileiro: quando falta argumento, coloque um palavrão na frase e tudo se resolve. Confesso que é até surpreendente ver dinossauros (no melhor sentido da palavra) da tv brasileira se mostrando tão normais ao ponto de se referir a alguém com um simples "Aquele filho da puta". Mas com o tempo, torna-se enfadonho.

O roteiro é até certo ponto original: 3 amigos dividem um apartamento e levam a vida a praticar pequenos golpes. Aliados a Vavá (Pedro Cardoso, no melhor estilo Agostinho Carrara), dão o golpe em um traficante internacional perseguido pela polícia. Como todo golpista que se preza (principalmente em filmes hollywoodianos), Vavá tenta levar a melhor sobre seus comparsas e acaba fugindo com o lucro do roubo. A partir daí, a trama se concentra na vida de PR (Paulo Betti), Juca (José Wilker) e Montanha (Antonio Pedro). Cada um luta por dinheiro, sempre de maneira a fugir de trabalho honesto. Respectivamente, ganham dinheiro como gigolô de madames, babá de idoso e escritor em fim de carreira. Várias reviravoltas acontecem, então veja o filme pra matar a curiosidade. A receita parece boa, mas o filme peca pelo exagero.

Primeiro pela impressão de Sai de Baixo que se passa desde a abertura. Segundo, por alguns papeis mal aproveitados (como o vilão Leopoldo, interpretado por Claudio Marzo e sua esposa adúltera Malu Mader). Fora que cai na mesmice da maioria dos filmes nacionais.

Vale dizer que eu sou fã do cinema nacional, acho que muitas obras como O homem que copiava e Saneamento Básico são geniais. Mas ainda falta muito para poder afirmar que o cinema nacional é bom (repito, tem muita coisa boa por aí).

Casa da mãe Joana
não é lá de todo ruim, mas não vá ao cinema ver esperando um filme hilário nem um final inesperado.

De qualquer jeito, já vale pelas participações de Fernanda de Freitas (espetacular) e Juliana Paes.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Absinthe makes the heart grow fonder.

Buenas!

Começando mais um blog, dessa vez acho que vai pra frente. Meio estranho começar a escrever assim, sem nada útil pra dizer. Mas afinal, não é pra isso que serve um blog? Um caboclo sem nada melhor pra fazer começa a escrever sobre coisas que ninguém quer saber (e que geralmente ninguém lê) e pronto. É, acho que taí a fórmula mágica.

Penso em utilizar esse espaço pra falar sobre o mal do homem moderno, a tríade Mulher-Futebol-Cerveja, passando por música, cinema, tv e livros. Acho que disso não foge. Nada de novo no front, já diria um amigo meu.

Pra começar, nada melhor do que falar sobre o que eu tenho feito. Fora trabalho e faculdade, as horas vagas se resumem a vadiar na internet. E de maneira surpreendente, no começo do ano, me deparei com um novo vício. Fora Prison Break e My Name Is Earl, séries que eu acompanho há alguns anos, surgiram duas boas novidades*: Weeds e Californication. O mote das duas não poderia ser mais politicamente incorreto: a primeira, retrata a vida de uma dona de casa viúva que vê na venda de maconha uma nova forma de sustentar seus dois filhos e a segunda é sobre o dia-a-dia de um escritor decadente que vive basicamente de beber, fumar e mulheres. As duas tem feito relativo sucesso lá fora, apesar de ainda engatinhar em termos de audiência aqui no Brasil.

O humor negro que reproduz o quotidiano da família Botwin em Weeds é ímpar. Ao mesmo tempo que retrata problemas banais de uma família de classe média alta (desdo filho mais velho que namora com uma surda muda até o filho mais novo sem amigos) até problemas com o DEA e traficantes perigosos. Tudo de maneira primorosa, coroado pela bela atuação de Mary-Louise Parker (de O Assassinato de Jesse James pelo covarde Robert Ford e Tomates verdes fritos) e o genial Justin Kirk (de Angels in America, uma série da HBO que não fez muito sucesso por aqui). O que pesa para a série não ser tão badalada é o fato de passar na GNT.

Californication, poderia ser descrita como uma versão adulta de American Pie. Tá, nem tão adulta assim. O contexto é a mudança repentina na vida de Hank Moody, vivido pelo eterno Fox Mulder de Arquivo X, David Duchovny. Repentinamente tem sua vida abalada com o fim de seu casamento, o que acarreta na falta de inspiração (mortal, para um escritor). Em meio a muita putaria, bebidas e drogas, Hank vai descobrindo o que realmente importa (ou não). Vale comentar também o triângulo amoroso entre Charlie Runkle (empresário de Hank), sua secretária e sua esposa Marcy. Simplesmente hilário.

Fica a dica.

* quando digo novidade, digo por mim. Weeds já se encontrava na terceira temporada quando comecei a assistir.