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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Cheira a espírito adolescente.

Hoje, se vivo estivesse, Kurt Cobain completaria 50 anos de idade.

Nirvana nunca foi minha banda preferida, mas preciso reconhecer que naquela fase dos 11, 12 anos, quando comecei a brincar de aprender a tocar violão me empolgava bastante tocando "Come As You Are" ou aquele riff de "Polly". Pirava com o clipe da música que ilustra o título do post e até hoje quando escuto "Heart-Shaped Box" me empolgo. Aliás, no presente minuto estou ouvindo ela e cantarolando no modo automático, mesmo sem realmente querer.

Enfim...

Kurt foi um cara foda e sempre soube disso. Um gênio da música, um cara sensacional, mas que nunca quis carregar o rótulo de líder de uma geração. Era um cara destrutivo, cheio de problemas e que jamais se enxergara como exemplo pra ninguém. Tanto que seus últimos anos de vida foram regados a conflitos públicos com sua esposa (a odiada Courtney Love), duelos contra a depressão e o vício em heroína. As pressões da vida profissional pública de rock star nunca fizeram bem pra ele e isso culminou num triste suicídio com um tiro de espingarda na cabeça, ou ao menos é isso que a versão oficial nos conta.

Existem milhares de representações dessa morte na cultura pop, mas a que acho mais honesta e visceral é a contada em "Californication". O 10º episódio da segunda temporada conta justamente o recebimento da notícia pelos personagens principais da série, viciados em rock e que viviam aquele ano de 1994 tão de perto como qualquer pessoa de vinte e poucos anos teria vivido. Aliás, vale o registro, esse episódio tem a carta de amor mais bonita que já vi na vida.

Hoje o que se viu foram sites especializados em música especulando sobre a morte de Kurt, ou melhor, qual rumo teria tomado sua vida se esta não tivesse sido tirada/perdida tão inesperadamente. Gente dizendo que ele seria o maior de todos os tempos, outros dizendo que o Nirvana não duraria mais do que alguns anos, flagrante a necessidade intelectual e artística do Dave Grohl alçar novos vôos, como efetivamente alçou. Gente dizendo que viraria um Guns N'Roses, mas pra mim isso já é maldade demais e, francamente, me contento em ter Foo Fighters hoje - muito mais meu gosto.

Bom, estou me prolongando desnecessariamente.

O mote desse post é justamente a morte de Kurt, claro, mas sob o aspecto da mítica idade de 27 anos. Além dele, tivemos Robert Johnson, Brian Jones, Pigpen, Hendrix, Janis, Jim Morrison, André Pretorius e, mais recentemente, Amy Winehouse. Com alguns meses de atraso, perdemos também Shannon Hoon, ex-Blind Mellon, falecido apenas um mês após completar 28 anos.

Me peguei pensando justamente nessa fase esquisita vivida entre a juventude e a idade adulta. Essa época em que temos o mundo ao nosso alcance, mas ao mesmo tempo encaramos tudo tão distante. Como temos asas grandes o suficiente para alçarmos qualquer voo que desejamos, mas ao mesmo tempo a autonomia de um pássaro recém eclodido.

É justamente nessa fase em que eu estou e, reconheço, as coisas não são tão fáceis quanto pareciam quando tinha 18 anos. Aqueles planos de chegar até os 30 com a vida construída estão cada dia menos acessíveis, um pouco pelas dificuldades naturais da vida, um pouco por eu sequer ter decidido o que espero. 

É complicado chegar a uma conclusão do por que Kurt tenha acabado com sua vida da maneira trágica e inesperada que aconteceu, mas não dá pra deixar de reparar que todos esses jovens talentos que foram alçados tão rapidamente a um patamar mais elevado tiveram mortes, digamos, evitáveis¹ ou que, em geral, remetem ao suicídio ou à ausência de vontade em permanecer vivo. 

¹ a) Robert Johnson, guitarrista de blues, morreu ao beber whisky envenenado, supostamente pelo dono de um bar em que tocava, por ciúmes de sua mulher. 
b) Brian Jones, um dos fundadores dos Rolling Stones, morreu assassinado por um empreiteiro que reformava sua casa.
c) Pigpen, ex Grateful Dead, morreu em decorrência do vício em bebidas alcoólicas. 
d) Jimmy Hendrix, um dos maiores guitarristas de todos os tempos, morto supostamente em decorrência de uma overdose de remédios.
e) Janis Joplin, também por overdose.
f) Jim Morrison, também por suposta overdose.
g) André Pretorius, um dos fundadores do Abordo Elétrico, também por overdose de heroína.
h) Amy Winehouse, por ingestão excessiva de álcool.
i) Shannon Hoon, também por overdose.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Psy x Teló.

Então que na época que o tal do Michel Teló estourou na gringolândia (e não estou falando de México, Paraguai e Argentina) a galerinha do mal toda falou: "que absurdo, olha a visão que as pessoas lá fora tem do Brasil, um país com grandes compositores como Mc Serginho, Latino, Belo Chico (o Science, por favor) e Renato Russo é conhecido lá fora por conta desse lixo musical e blablabla". Conheço muita gente que falou isso e, confesso, em certos momentos eu mesmo pensei assim.

Pois é, eis que essa semana me peguei pensando... E o Psy?

"Acima do homem que corre está o homem que voa."
O cara invadiu o mundo com uma música num idioma que absolutamente ninguém entende, com roupas e uma dança igualmente ridiculas e simplesmente fez o maior sucesso dos últimos anos (ao menos na internet).

Aqui no Brasil fez um grande sucesso, sobretudo em blogs e afins... Hoje é possível vermos em sites de consulta de letras de música que ela é a mais procurada.

http://letras.mus.br/ em 05 de outubro de 2012.
Tá certo. Em que nosso lixo é pior que o deles?

Absolutamente em nada.

Ambas as letras são idiotas e extremamente viciantes, daquelas que grudam na cabeça sem menor esforço e tirando os compatriotas, ninguém entende a letra. Essa mistura é mais que o necessário.

As duas têm, também, danças idiotas e extremamente simples. Até eu, sem talento algum, me arriscaria dançando elas algum dia. Tá, talvez não...

São músicas extremamente toscas. Toscas no sentido de simples, nada conotativo, claro.

Dois caras da perifieria do mundo (pense grande, Gafanhoto!) estouraram lá fora (Europa e EUA, principalmente) cantando músicas que até crianças de 8 anos (ok, 10) fariam.

Será que os coreanos estão rindo da gente cantando "Keopi hanjanui yeoyureul aneun pumgyeok issneun yeoja" do mesmo jeito que ríamos dos gringos cantando "Ai se eu te pego"? Claro, estou falando antes do "Oh if I catch you".

Taí, achei a diferença. O Psy não precisou mudar o idioma (apesar das versões que existem por aí) pra estourar.

sábado, 26 de novembro de 2011

The Superior 30 day song challenge...

... in one day.

Recebi isso mas não tenho saco de fazer diariamente. Então vai pelo blog mesmo.

Vou tentar não repetir nenhuma banda.

Day 1 - A song you wouldn't mind hearing played over and over while being stuck in an elevator for 12 hours
Metal contra as nuvens - Legião Urbana.
Primeiro que a música tem uns 12 minutos de duração, varia completamente entre esse tempo e quase não se repete. Fora que a letra é sensacional.

Day 2 - A song that makes you want to punch someone in the face
E tudo vai ficar pior - Matanza.
Qualquer uma do Matanza entraria aqui.

Day 3 - A song by someone you would make sweet passionate love to.. or give them a hug
Lovefool - The Cardigans.
A música é boa, vai...

Day 4 - A song that would make a senior citizen cry
Hurt - Johnny Cash.
Mexe com qualquer um.

Day 5 - A song that makes you drive faster than you should
White limo - Foo Fighters.
Goooooooooooooo limo!

Day 6 - A song that would make any party better
Seven nation army - White Stripes.
Tocou tanto uma época que hoje todo mundo estaria com saudades. Ou não.

Day 7 - A song that you could kill zombies to
Six shooter - Queens of the Stone Age.
Shoot, shoot, shoot, shoot, shoot... Pow!

Day 8 - A song you want played the day you become leader of the world
Invincible - No Use For a Name.
Invencível.

Day 9 - A song you would like played at your funeral
Redemption song - Bob Marley
This song of freedom...

Day 10 - A song that you wish you never heard
Pescador de ilusões - O Rappa.
Valeu a pena o caralho.

Day 11 - A song that would inspire you to survive after a plane crash on a deserted island
Rise - Eddie Vedder.
Into the Wild.

Day 12 - A song that would have to be in the movie based on your life
Pulmonary archery - Alexisonfire.
Nunca é tarde para se adiantar. Seria um bom nome de filme.

Day 13 - A song you'll never forget
Bad to the bone - George Thorogood.
O Pestinha.

Day 14 - A song that scares you
Duality - Slipknot.
Enfiar os dedos nos olhos não deve ser agradável.

Day 15 - A song that reminds you of food
Comida - Titãs.
Fala que você pensou em outra?

Day 16 - A song that makes you think about the ocean
Santeria - Sublime.
Só de ouvir já começo a xingar a maresia.

Day 17 - A song you would want to play while watching the sun explode
Superstar - Saliva.
Parece que combinaria.

Day 18 - A song that you think the most people on your friends list would like
Wish you were here - Pink Floyd.
Fácil.

Day 19 - A song about animals
Dog days are over - Florence + the Machine.
Pior que nem é pelo título da música em si...

Day 20 - A song that is a complete mystery to you
Meu amigo Pedro - Raul Seixas.
Quem dera conseguisse fazer uma introspecção como Raul faz nessa música.

Day 21 - A song that would be great to hear in the bathroom
Mas de un millon - Attaque 77.
Cantar em espanhol no banheiro: não existe nada igual.

Day 22 - A song that makes you not want to grow up
O vira - Secos & Molhados.
Inocência pura.

Day 23 - A song that makes you feel like a super hero
Faith - Limp Bizkit.
Porque a gente precisa de fé. Não necessariamente em uma figura superior.

Day 24 - A song that you never get to hear
Medo de avião - Belchior.
Eu até gosto de Belchior.


Day 25 - A song that is too repetitive
Oração - Banda Mais Bonita da Cidade.
Tá loco, botaram um loop ad eternum nessa merda. Duas frases, 6 minutos de música. Ninjas.

Day 26 - A song that makes you swear
I still haven't found what I'm looking for - U2
A gente sempre promete procurar...

Day 27 - A song that reminds you of a video game
No cigar - Millencolin.

Day 28 - A song that you would probably hear while getting robbed
Basket case - Green Day.
É, já aconteceu.

Day 29 - A song that makes you think about foreigners
Drunken lullabies - Floggin' Molly.
Malditos imigrantes, mal consigo ver seus movimentos.

Day 30 - A song that [insert your own thing here]

Three's a crowd - Belvedere.
Realmente. Três é uma multidão.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Os artistas nacionais em festivais internacionais.

Dias atrás acabou a segunda edição do SWU. O primeiro festival começou com estardalhaço gigante, com bandas muito boas. Esse ano, a segunda edição veio cerca de dois meses depois do Rock in Rio, que é o maior festival do mundo.

Diversas bandas gigantes estiveram em terras brasileiras por conta dos shows, poderia citar pelo menos umas 20 que se fizessem shows sozinhos lotariam e os ingressos se esgotariam rapidamente.

Essas bandas internacionais são o carro-chefe dos festivais internacionais. Isso é inegável. A maioria das pessoas vão a esses festivais pra ver o show do Rage Against the Machine, vez que é extremamente raro deles darem as caras por aqui. O show do Skank, O Rappa e afins é bem mais comum.

Mas as bandas brasileiras são desprezadas nesse tipo de festival. Aliás, desprezadas não. São enxertadas, pois os organizadores recebem incentivos para tal.

No Rock in Rio de 2001, por exemplo, a banda O Rappa, na época no auge (ou bem próxima dele) abriu mão de participar do festival porque tocaria antes de bandas gringas, a maioria delas de "pequeno porte". Claro que pro público e pros organizadores uma banda menor como o Deftones, por exemplo, é bem mais atrativa que O Rappa. Sem depreciar as duas bandas, é a pura oferta e demanda. O Rappa faz shows todo mês no Rio, eles são de lá. O Deftones se vier aqui uma vez a cada 5 anos é muito.

A organização do festival faz o que então? Coloca O Rappa pra tocar mais cedo e segura as principais atrações, ou seja, os gringos, pro final.

O Rappa não quis aceitar isso e saiu do festival. Na época rolou uma confusão por conta de gravadora e etc., mas no final das contas outras grandes bandas brasileiras aderiram ao movimento e sairam do festival. Quem perdeu, assim, foi o público.

Duas das bandas do rock nacional que mais faziam sucesso à época também saíram do setlist, em solidariedade ao Rappa: Raimundos e Charlie Brown. Isso sem falar de Skank, Jota Quest e Cidade Negra.

Mudou alguma coisa pros organizadores? Não. O festival correu normalmente, com shows de Queens of the Stone Age, Red Hot Chili Peppers, Iron Maiden e Silverchair, entre outros. Mas o público brasileiro que queria ver as maiores bandas nacionais saiu no prejuízo. Teve de assistir aos shows de Carlinhos Brown, Sandy e Júnior, Kid Abelha e afins. Nada contra os artistas, mas não são nomes pra um festival chamado Rock in Rio.

No último SWU, por exemplo, aconteceu outra confusão envolvendo bandas nacionais e internacionais. Devido à chuva, o show do Ultraje a Rigor acabou atrasando. O palco seria utilizado posteriormente por Peter Gabriel e sua orquestra (!) que precisariam de um tempo hábil para organizar tudo. Perfeitamente compreensível. O que fizeram? Exigiram junto à organização do festival que o show do Ultraje fosse reduzido em meia hora (o show que seria de uma hora).

Durante a apresentação do Ultraje, houve briga entre os roadies das bandas e, em um determinado momento, os amplificadores do Ultraje foram até desligados.

Como anda o respeito pelas bandas nacionais nesses festivais? Elas estão presentes lá só por conta da "cota" para incentivos fiscais? Será que é justo exigir que as bandas nacionais toquem em horários piores, durante o dia, para manter a aparência e fazer as bandas internacionais tocarem no horário nobre?

O Lobão, cantor que fez certo sucesso nos anos 80 e hoje aparece mais por conta do falatório, postou um vlog sobre isso.



Se ele está certo? Não sei.

Mas eu jamais viajaria 600km até São Paulo pra ver o Lobão tocar no Lollapalooza. Mas iria rindo pra assistir ao Foo Fighters.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

As profecias

Tem dias que a gente se sente
Um pouco, talvez, menos gente
Um dia daqueles sem graça
De chuva cair na vidraça
Um dia qualquer sem pensar
Sentindo o futuro no ar
O ar, carregado sutil
Um dia de maio ou abril
Sem qualquer amigo do lado
Sozinho em silêncio calado
Com uma pergunta na alma
Por que nessa tarde tão calma
O tempo parece parado?

Está em qualquer profecia
Dos sábios que viram o futuro,
Dos loucos que escrevem no muro.
Das teias do sonho remoto
Estouro, explosão, maremoto.
A chama da guerra acesa,
A fome sentada na mesa.
O copo com álcool no bar,
O anjo surgindo no mar.
Os selos de fogo, o eclipse,
Os símbolos do apocalipse.
Os séculos de Nostradamus,
A fuga geral dos ciganos.
Está em qualquer profecia
Que o mundo se acaba um dia.

Um gosto azedo na boca,
A moça que sonha, a louca.
O homem que quer mas se esquece,
O mundo dá ou do desce.
Está em qualquer profecia
Que o mundo se acaba um dia.
Sem fogo, sem sangue, sem ás
O mundo dos nossos ancestrais.
Acaba sem guerra mortais
Sem glorias de Mártir ferido
Sem um estrondo, mas com um gemido.

Os selos de fogo, o eclipse
Os símbolo do apocalipse
A fuga geral do ciganos
Os séculos de Nostradamus.

Está em qualquer profecia
Que o mundo se acaba um dia (3x)
Um dia...

Sim, sim, sim...

(Raul Seixas e Paulo Coelho)

sexta-feira, 25 de março de 2011

More a question than a curse...

Uma das coisas que eu mais gosto é falar sobre música. Acho engraçado isso, uma vez que meu gosto musical é meio diferente da maioria.

Não que meu gosto seja muito refinado, o que eu de bate pronto já discordo.

Acho que 70% da minha geração teve acesso ao "Tony Hawk's Pro Skater", aquele bom e velho jogo de video game de skate. Além de boas horas tentando acertar manobras e caindo muito tentando executar manuais e coisas do tipo (é um enigma pra mim como essa merda dava tantos pontos), eu curtia mais o jogo por conta da sua trilha sonora. Na época eu ainda era um pré adolescente saindo das fraldas (não que hoje eu seja muito diferente, aliás), mas confesso que o jogo foi meu primeiro contato com muitas bandas.

Rage, Ramones, Goldfinger, Suicidal Tendencies, Public Enemy (de onde eu tirei o "Bring That Noise", aliás), Fu Manchu... Acho que deu pra entender.

Esse gosto musical se manteve até hoje. Diversos amigos passaram por essa fase, inclusive indo pra outras bandas, mas eu continuei. Não sei se eles não são idiotas o suficiente, mas eu me mantive fiel.

Claro que eu tive minha fase reggae, que inevitavelmente acabou evoluindo pro ska, mas isso é assunto pra um outro post.

Me deparei hoje com um artigo escrito pelo Greg Graffin, vocalista do Bad Religion, banda que aliás, estava presente em algumas das OST do THPS... O Greg é um paleontologista respeito na gringolândia, dando inclusive aulas numa faculdade lá e talz. E me deu vontade de ouvir BR.

Não lembrava o quão genial eram as letras. O som, reconheço que é repetitivo, sem muitas variações de música pra música... Mas ainda assim... É sensacional.

Se você não conhece Bad Religion, fica a minha dica. Vou ver se revivo meus tempos de "Suicídio Social" (se você não sabe o que foi, perdeu!) e recomeço com as minhas resenhas. Até pouco tempo atrás eu tinha elas em arquivo, mas acho que perdi tudo.

Bom, um tempo atrás (coisa de 5 ou 6 anos) eu escrevia, no alto do meu ócio, resenhas de álbuns de punkrock e hardcore, no tom de brincadeira, pra um fórum que participava. Era um canal interessante, porque na época eu morava em Governador Valadares e não conhecia muita gente que compartilhava o meu gosto musical. Então, por meio de sites de download, acabei conhecendo o fórum e dentro de pouco tempo eu estava postando algumas resenhas. Despretenciosas, mas divertidas de se fazer. Divertidas de fazer porque invariavelmente me forçava a pesquisar sobre a banda, sobre o álbum. E me fazia conhecer coisas novas.

Hoje minha rotina não me permite mais esse luxo, mas ainda assim, continuo descobrindo coisas novas.

Vou tentar voltar à ativa.

Juro!


"Struck a nerve", de presente.

domingo, 20 de março de 2011

Ângulo.

Como pode, uma banda com álbuns tão bons, lançar um álbum extremamente ruim?

É o que me pergunto do Strokes.

O "Is this it" é genial, o melhor pra mim. Mas ainda assim, tivemos depois o "Room on fire" ("Reptilia" é a melhor de todas), depois o "First impressions of Earth" que pra mim, é regular.

E aí, depois de quase 5 anos de espera, vem o novo álbum. Fui seco procurar as músicas pra ouvir.

E decepcionei.

Meu diagnóstico veio após duas ou três passagens rápidas pelo álbum, então ainda não é definitivo, mas eu senti falta da guitarra suja de sempre e achei em excesso os sons de vídeo game.

Tirando "Under cover of darkness", achei o resto algo próximo à minha visão "não-strokesiana".

Tem alguém que lê essa m* aqui e compartilha a mesma opinião deste que vos escreve?

Edit: chama-se "Angles" a porcaria;

Bonus track: Reptilia!
http://www.youtube.com/watch?v=dtFDi5Dk3mg
(não consigo incorporar, mas clica aí que vale a pena!).

terça-feira, 27 de julho de 2010

terça-feira, 12 de maio de 2009

Deus perdoe o mal que habita em mim.

O Mal Que Habita Em Mim - Camisa de Vênus

Composição: Robério Santana/ Marcelo Nova

O mal que habita em mim
Preso em jaula de fumaça
Fazendo sempre crer que é boa praça
A alma inchada de desejo e trapaças
Lhe beija a fronte e ergue a taça
Deus perdoe o mal que habita em mim

É como um franco atirador
Atento ouvindo o rufo do tambor
A espera de alguém ou algo de valor
Com suas balas recheadas de amargor

Deus perdoe o mal que habita em mim

Nas vezes que ele quer me confundir
Sorri e pede licença para sair
Parece que finalmente vai sumir
Mas é quando eu mais devo me prevenir
Desse mal que habita em mim

O mal que habita em mim
Coitado tem andado a delirar
Ele quer tantas fêmeas a conquistar
Fica sempre circulando
Pois muitas delas quer ofuscar
Para todas poderem em fim desapontar

Deus perdoe o mal que habita em mim

Sabe muito bem como é ruim
Ser dia e noite um estopim
Que assim aceso vai buscar o próprio fim
Para uma vez morto viver com James Dean

Deus perdoe o mal que habita em mim.

Nas vezes que ele quer me confundir
Sorri e pede licença para sair
Parece que finalmente vai sumir
Mas é quando eu mais devo me prevenir
Desse mal que habita em mim

Sabe de coisas que eu não sei
De drogas que eu não experimentei
Vivendo sempre como um fora da lei
De trevas que eu nunca penetrei

Deus perdoe o mal que habita em mim

Disse que está de saco cheio
Disse que anda com um pouco de receio
Disse que vai se regenerar, haha eu não creio
É como um trem pro inferno, não tem freio

Deus perdoe o mal que habita em mim

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Listening to: Camisa de Venus - O Mal que Habita em Mim
via FoxyTunes

terça-feira, 14 de abril de 2009

Músicas que marcam.

Vi isso num blog e resolvi postar a minha. A idéia é listar 10 músicas que marcaram sua vida.

Como eu sou totalmente do contra, resolvi selecionar algumas bandas ou álbuns, não seria capaz de listar apenas músicas. Talvez a lista não tenha só 10 (depende da minha boa vontade, talvez faça uma continuação). Mas como sou eu que mando nessa porra, foda-se. Lembrando que não é exatamente um ranking e sim uma amostragem. Provavelmente os itens terão ligação entre si, ainda que só pra mim.

Começo com:
1- Raul Seixas.
Lembro das longas viagens em família, ouvindo aquela fita cassete com Raul no lado A e o segundo da lista no B. Adorava "Plunct Plact Zum!" ("Carimbador Maluco", pra quem é normal ehehe) e "Não quero mais andar na contra mão". Escuto Raul quase que diariamente até hoje, quase religiosamente, mas a mística daquela fita K7 é inexplicável.

2 - Camisa de Vênus.
Era um cd ("Quem é você?") roubado emprestado do meu tio. Sensacional. Impossível descrever Marcelo Nova. A primeira experiência marcou. Uma música que eu adorava era "Essa linda canção", que me abriu os olhos pra conhecer o próximo (era em parceria com eles).

3 - Raimundos.
Já escrevi aqui sobre eles e o cd que eu acho o maior da história do rock nacional. Simplesmente genial. Me marcou muito, logo que mudei de cidade pela primeira vez. Ficou intocável no meu discman por uns 6 meses. Quem estudou comigo sabe que isso era muito.

4 - Nenhum de Nós.
Outro companheiro de viagens. Toda vez que escuto me lembro daquela época, todo mundo junto indo pra BH passar o fim de semana. Quem vê de longe, acha loucura... 4 horas pra ir, 4 pra voltar (ou 6 em Valadares). Mas essas viagens eram sensacionais. "Eu caminhava e fingia que o tempo passava... Eu caminhava e fingiaaaaaa...".

5 - Barão Vermelho.
Barão pra mim é sem palavras. Tanto com Cazuza no vocal quanto com Frejat.

6 - Pato Fu.
Gostava de graça, sem conhecer muito. Numa dessas brincadeiras da vida, no ano passado, comecei a ouvir de novo. E fui procurando tudo a respeito. Desde os discos da Fernanda com o John, até o "Rotomusic de Liquidificapum" (sempre tenho que colar pra escrever direito o nome desse cd). Não é tão conhecida nacionalmente, ou não tem o crédito que merece, infelizmente.

7 - Queen.
Tinha algumas músicas favoritas quando criança. Mas comecei a gostar mesmo numa viagem que fiz pra casa da minha tia. Assisti o dia inteiro um dvd com clipes e shows do Queen. Gostei demais.

8 - Janis/Elvis/Joe Cocker/etc.
Me desculpem pela ousadia, mas não merecem um tópico exclusivo pra cada um. Talvez porque sempre ouvi eles juntos, num mesmo cd. Nenhum me marcou separadamente. Mas não poderiam ficar de fora.

9 - Titãs.
Quem conhece Titãs e não gosta, deveria escutar o cd "Domingo". Titãs com Arnaldo Antunes é foda. Os dois separados são duas merdas.

10 - Zé Ramalho.
Não precisa nem falar. "Chão de Giz" e "Mulher nova, bonita e carinhosa..." são duas das músicas que eu mais gosto. Como a maioria das outras, aprendi a ouvir com meus pais.


Convido meu confrade a fazer a lista dele.

domingo, 8 de março de 2009

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Back in time.

I'm in home, I've been sitting here for so long
You might haven't noticed but I know
Exactly how it feels to be left alone
It tells me that I will be up all night long

Calm down, I know It's getting closer to the edge
And I won't think twice, I'll jump and never come back
Throw away my last chance of trying to get it right
I wish I could be back in time

By now, thousands of stories and memories to bring me down
I wait for the time when I'll move out (I'm begging for that day, honestly)
I know that you wouldn't even care at all...
I wish I could be back in time

Nothing more have sense, purpose.
I only dream about the day that we can be "us" again, instead of "I" and "you".
Noticed that it's all my fault, intentions don't count anymore.
I wish I could be back in time.

Wait for the time that this suffering will end
Then I'll ask to myself if i don't deserve it
'cause everybody warn me that it will end up like this
I wish I could be back in time.

(letra adaptada).

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Listening to: Shileper High - Back In Time
via FoxyTunes

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

HC3M

"Ser racional é ter um ego enorme, progresso significa tecnologia. Se estamos no auge dos tempos, porque tanta angustia?"

Hardcore do Terceiro Mundo. Assim se definem os capixabas do Dead Fish.

Uma banda que eu conheci a uns 5 anos, numa das férias que eu passei na casa da minha avó quando morava no interior. Peguei um cd de putar... ops, mp3 do meu primo e por coincidência tinha lá uma pasta com algumas músicas. Gostei pra caralho, logo de cara. Lembro que as letras eram cheias de palavras, citações e termos que eu não conhecia (tipo na música Hoje). O que me fez correr atrás e pesquisar, estudar (muito) pra entendê-las. Acho que minha paixão por geografia, sobretudo geopolítica, e por que não, filosofia, veio com o Dead Fish. E fora isso, passei a ouvir hc depois de conhecer DF. Bad Religion, NoFx, Nufan, Propaghandi e etc, tudo começou assim.

Resumindo, minha dica de álbum hoje é o "Sonho Médio" do Dead Fish. Mas procurem também os outros, principalmente "Afasia" e "Zero e Um".

Sonho Médio, de 1999.

DF hoje é uma banda rotulada como "vendida" por alguns, por ter saído do underground e assinado com uma grande gravadora. Mas o último trabalho dos caras, "Um Homem Só" mostrou que a banda evoluiu muito, tanto nas letras quanto nos instrumentais (destaque pro Phil, guitarrista, do finado Reffer que jajá será tema de um post).

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Listening to: Dead Fish - Mulheres Negras
via FoxyTunes

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Quase... [2]

Quase - Pato Fu




Composição: John Ulhoa

Ela é quase tudo o que sonhei
E eu sou quase aquilo que sempre evitei
E falhei, sim, falhei
Quase um amor
Quase um caminho
Que me deixou
Quase sozinho

E quase que fiquei contente
E fui feliz pra sempre
No dia em que eu
Quase conquistei seu coração

Quase um amor
Quase um caminho
Que me deixou
Quase sozinho
E apesar de ter ficado
Quase um ano
Quase morto de paixão
Hoje já estou quase bão

Hoje já estou,
Realmente já estou,
Hoje já estou quase bão...

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Carpe Diem.

Get Fighted
Alexisonfire


"So make sure you love like you've never been hurt
and when you dance, dance like theres no one watching you"

'Cause you can waste your time, redefining the day that music died
And you can spend your life, guilt free and ostracized
'Cause all the fashion in the world won't save you now
It's something, I'll write it down for you

"So make sure you love like you've never been hurt
and when you dance, dance like theres no one watching you"

'Cause this shit is not about pants
And this shit's not about shirts
And this shit is definitly not about hair
This shit is about having a good fucking time
Maybe the music isn't dead
Maybe the music isn't dead
Maybe we just forgot what if fucking sounded like
(I, forgot)
(I, forgot)

'Cause you can waste your time, redefining the day that music died
And you can spend your life, guilt free and ostracized
'Cause all the fashion in the world won't save you now
It's something, I'll write it down for you

My greatest gift to you
is a dancefloor
free from insecurity

----------------
Listening to: alexisonfire - get fighted
via FoxyTunes

sábado, 22 de novembro de 2008

Watch out!

Seguindo a lista de bandas recomendadas, hoje vou falar de AOF.

Alexisonfire é uma banda canadense de post-hardcore. A origem do nome, segundo reza a lenda, é uma homenagem à única "contorcionista" lactante do mundo. Se é verdade ou não já é outra história, sei que é fato que existe uma atriz de filme pra adultos com o nome de Alexis Fire.


A descrição do som não é fácil. A melhor palavra é antítese. Primeiro porque ou você ama AOF ou odeia. Não tem meio termo. Alguns se surpreendem e acham genial. Outros não vão querer ouvir nunca mais. Não preciso falar em qual grupo eu me enquadro.

Dallas, Wade, George, Jordan e Chris começaram no underground de Ontário, no Canadá em meados de 2002. De lá pra cá, 3 cds e um split com a banda Moneen. O que mais me impressiona é a variedade das músicas e a combinação das letras. Em um ouvido, os vocais melódicos de Dallas, acrescidos também da voz de Wade, falam de atos impulsivos. No outro, George berrando como um condenado, tudo se contrapondo, como se fossem uma dupla de anjos e demônios de desenho animado sentados em seus ombros, um falando pra fazer o bem e o outro pra destruir.

Recomendo muito pra quem não conhece. Mas é naquele esquema de 8 ou 80, já vão avisados.

PS.: Pra quem preferir o vocal melódico do Dallas, tem também o projeto acústico paralelo chamado City and Colour.
PS.2:
Escute aqui AOF e City and Colour aqui.

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Now playing: Reffer - Feeling Changes
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segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Dor de cabeça, garganta ressecada.

Hoje eu voltaria com comentário do Brasileirão. Mas não vou comentar porque não vi o jogo do Atlético. Estava ocupado.

Extasiado.

Show do Offspring foi o melhor que eu já fui. Talvez exagero (porque não vi o show direito, tava alterado já). Mas com toda certeza, TOP 5. Ainda teve Tianastácia gravando dvd. De resto, cerveja e comida de graça. Sinceramente, nem lembro das outras bandas.

E BH continua sendo um ovo.

Quarta eu volto com a programação normal.

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Now playing: Charlie Brown Jr. - Não Deixe O Mar Te Engolir
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sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Man in Black.

Continuando meus posts sobre música, hoje vou falar sobre Johnny Cash.

Conheci Cash em 2003. Justamente na época de sua morte. É até engraçado, senti afinidade com o som na hora. Meio inexplicável, primeiro porque ele nunca foi muito reconhecido (principalmente aqui no Brasil). Falo isso porque poucos o conhecem tendo em vista seu talento. Segundo porque country não é lá muito meu estilo. Mas essa é uma das coisas que simplesmente não se explicam.

Aliás, indicar apenas um cd do Cash é impossível pra mim. Dou graças a Deus por existir internet, que me propiciou o prazer de conhecer de maneira mais ampla sua discografia (apesar de não conhecer nem um décimo). E falo sério. Cash deve ter lançado, por baixo, uns 40 álbuns. Isso em quase 50 anos de carreira. Fez inúmeras parcerias, de Bob Dylan até Flea (Red Hot Chili Peppers), teve problemas com drogas (anfetaminas, sobretudo), converteu-se em religioso, casou-se com a mulher da sua vida... e foram enterrados lado a lado. Cash viveu uma vida completa.

Basicamente, recomendo Cash em duas oportunidades. Em estúdio, o 4º álbum do box American, entitulado The Man Comes Around. Em performance ao vivo, At Folsom Prison, de 1968.

Sobre Cash, vale dizer também que ele se vestia sempre de preto, contrariando a maioria dos artistas country da sua época que vestiam roupas claras. A justificativa, vem na letra de Man in Black, de 1971.

"I wear the black for the poor and the beaten down, / Livin' in the hopeless, hungry side of town, / I wear it for the prisoner who has long paid for his crime, / But is there because he's a victim of the times"

Outro episódio que vale destacar, aconteceu em 1996. Cash, já com a carreira em decadência, se aliou a Rick Rubin (que trabalhou, entre outros, com Red Hot Chili Peppers e AC/DC) e lançou dois álbuns. Um desses, Unchained venceu o Grammy de Melhor Álbum Country, mesmo com a falta de apoio de muitas rádios country. Cash então, comprou um anúncio na Billboard (revista americana especializada em música) e ironicamente, agradeceu ao "apoio". Claro, acompanhado de uma foto com o dedo médio esticado.


Fora isso, ainda fizeram um filme sobre a vida dele. Por sinal eu ainda não vi. Sei que lá na gringa, foi lançado com o nome de Walk the Line, com Joaquin Phoenix (Lucius Hunt, de A Villa) e Reese Witherspoon (a gostosinha do Legalmente Loira).

Taí um cara com culhões. O mundo ficou menos másculo após sua morte.

God speed you Mr. Cash.

PS.: aliás, o Matanza fez um cd só de covers do velho de preto. To Hell With Johnny Cash, lançado em 2005 pela Deck Disc. Mas não chega aos pés do original.

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Now playing: Hot Water Music - A Clear Line
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terça-feira, 28 de outubro de 2008

Os melhores 40 minutos da minha vida.

Esses dias falaram que eu tenho um gosto musical muito alternativo. Partindo disso, resolvi fazer um post sobre os melhores cds, pela minha visão.


Começo hoje com um cd que me apresentaram por volta de 96. Eu nessa época tinha simples e inocentes 7 anos. Confesso que a primeira vista o misto de hardcore com forró me assutou. E aquelas letras com palavrão... Lembro como se fosse ontem da primeira vez ouvindo Selim e acompanhando a letra no encarte.
Alguns anos depois, meados de 2000, Raimundos estourou na mídia com aquele cd Só no Forevis. Voltei a ouvir, mas nunca achei a mesma coisa. Aquele outro cd ainda era o melhor. Depois disso veio o Ao Vivo Mtv, mas também não me empolgou muito. Precisava daquele cd.

Numa dessas coincidências, acabei encontrando esse cd numa loja lá em Recife. 25 reais mais bem gastos da minha vida. E eu falo sério. Depois desse dia, escutei esse cd mais ou menos umas 12 vezes por semana. Isso durou uns 6 meses. Ainda hoje escuto, com menos frequência claro. Fora as músicas do Zenilton que dispensam comentários, não canso de ouvir Palhas do Coqueiro e Nêga Jurema (demorei pra decorar essa letra...).

Com toda certeza Raimundos formou meu perfil musical. A partir deles passei a procurar outras bandas do tipo. E me deparei com Planet, Ramones, Ratos, Velhas...

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Now playing: Ratos de Porão - Próximo alvo
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