sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Os primórdios do futebol em Belo Horizonte e a fundação do Clube Atlético Mineiro.

Segue um texto que eu recebi no e-mail ontem, escrito por alguém com pseudônimo de Cajabis Cannabis. Fala sobre a história do futebol em BH e sobre a fundação e consolidação do Atlético como único clube de massa de Minas Gerais. É grande mas vale a pena. O link da postagem original é esse.

Os primórdios do futebol em Belo Horizonte e a fundação do Clube Atlético Mineiro.

Nos primeiros anos do século passado, BH era uma cidade com o traçado claro: a Avenida do Contorno delimitava o espaço nobre, moderno, limpo e urbano destinado às classes altas. A área periférica abrigava as classes mais baixas e não atraía investimentos públicos.

Nessa época, o futebol chegou ao Brasil como um esporte de elite. Os clubes refletiam a hierarquia social e só aceitavam como sócios ou jogadores os membros da alta classe. Havia pouca opção de lazer para os mais pobres. O Atlético Mineiro Futebol Clube foi o primeiro time da capital mineira a aceitar em seus quadros qualquer pessoa, independente de sua classe social. Por isso, esse clube pode ser considerado um dos poucos pontos de integração social da Belo Horizonte do início do século.

Falta de lazer leva a população ao futebol

Havia poucas opções lazer em Belo Horizonte no início do século e essas opções eram dirigidas à elite. O Clube Recreativo, fundado em 1894, o Hipódromo inaugurado em 1906 e as casas de diversões eram incentivados pela Prefeitura através de isenção de impostos e doações.

Por essa época, o futebol começava a se popularizar no Brasil, introduzido por Charles Miller em São Paulo. Em 1903, chegou à cidade o estudante carioca Vitor Serpa, que aprendera a jogar futebol na Suíça. No ano seguinte, Serpa começou a divulgá-lo entre alguns amigos. Em 10 de junho de 1904, Serpa e dezenas de companheiros fundaram o Sport Club Foot-ball, primeira agremiação de futebol criada em Belo Horizonte. O Clube era formado por membros da elite da capital: estudantes, funcionários públicos e comerciantes. O campo foi construído na Rua Sapucaí e, no dia três de outubro, aconteceu a primeira partida de futebol na capital, entre dois times do próprio Clube: o de Vitor Serpa e o do presidente da associação, Oscar Americano. Venceu o time de Serpa, por 2 a 1. (Na foto: José Gonçalves, fundador e jogador do Sport Club, primeiro time de futebol de Belo Horizonte)

O futebol começava a ser praticado apenas pela elite da capital mineira, tendência que se refletia em todo o país. Em São Paulo, no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul, os primeiros clubes (Associação Atlética Mackenzie, Fluminense Futebol Clube, Grémio Foot-Ball Porto Alegrense, respectivamente) eram times de elite, que só tinham jogadores e membros da diretoria que fossem universitários, profissionais liberais ou comerciantes. Pessoas de menor condição financeira não entravam.

Ainda em 1904 eram fundados em Belo Horizonte dois clubes: O Plínio Futebol Club e o Clube Atlético Mineiro, que não deve ser confundido com o atual. Esses clubes eram formados basicamente por estudantes. Criou-se, então, uma liga de futebol entre os três clubes e começaram a disputar um campeonato. O Sport Clube se inscreveu com dois times: o Vespúcio e o Colombo. O Atlético também se inscreveu com dois times: o Atlético e o Mineiro. O Plínio entrou no campeonato com apenas um time.

O futebol começava a se destacar entre os membros da elite belorizontina: o campeonato vinha sendo noticiado com certo destaque pelo Minas Gerais, que inclusive publicou na edição de 6 de novembro de 1904 uma tabela da posição dos clubes nesse primeiro campeonato da cidade.

Infelizmente, o campeonato não foi concluído. As chuvas do mês de novembro estragaram os campos e os jogadores, em sua maioria estudantes, entraram em férias escolares e retornaram para suas cidades de origem, já que boa parte deles vinha para Belo Horizonte apenas para estudar. Vitor Serpa retornou ao Rio, aonde veio a falecer em 1905.

Decadência e ressurgimento do “foot-ball”

A primeira experiência do futebol em Belo Horizonte foi intensa, porém fugaz. Em princípios de 1905, a cidade tinha sete associações de futebol: O Sport Club, O Estrada Futebol Clube, o Atlético Mineiro Futebol Club (novo nome do Atlético Mineiro) o Brasil Futebol Clube e o Viserpa Futebol Clube (nome homenageando Vitor Serpa). Apesar de tantos clubes, os jogos foram rareando e o interesse foi diminuindo. Todos esses clubes tiveram vida curtíssima, com exceção do Sport, que sobreviveu até 1909.

Os fãs do futebol foram ficando descontentes com a situação. O máximo que se organizava agora, eram "peladas" esporádicas. Nos encontros no Parque Municipal, os estudantes se reuniam para os passeios de domingo ou para as corridas de bicicletas, também realizadas nos fins de semana. O futebol ficou, durante algum tempo, relegado a segundo plano.

Nasce o Clube Atlético Mineiro

Em março de 1908, um grupo de estudantes se reunia, como de costume, no Parque Municipal. Liderados por Margival Mendes Leal e Mário Toledo, estavam decididos a fundar um novo clube de futebol em Belo Horizonte. Em 25 de março, os rapazes mataram aula e, numa quarta-feira ensolarada, nascia o Atlético Mineiro Futebol Clube, "para sufocar todos os outros". Seguiram-se outras reuniões, realizadas sempre no Parque, nessa época freqüentado apenas pela elite da capital.

O Atlético nasceu como sendo um time de estudantes, ou seja, da elite belo-horizontina. O que diferenciava o Atlético dos outros clubes é o fato de que, desde os primeiros tempos, seus quadros estavam abertos a qualquer pessoa. Pouco a pouco, o Atlético se firmava como o time do povo. E, em suas primeiras partidas, o time já acumulava vitórias. Em 1909, derrotou o Sport Club três vezes consecutivas, o que determinou a dissolução do time fundado por Vitor Serpa.

O Atlético cresce, junto com o futebol e a cidade

Na década de 10, Belo Horizonte tinha uma população crescendo ininterruptamente. E, graças à fundação do Atlético, o futebol na cidade ganhou um novo ímpeto. Nos três jogos disputados contra o Sport, em 1909, o público presente no campo (local onde hoje fica a Secretaria de Agricultura) foi de cerca de 3 mil pessoas, quando a capital tinha cerca de 30 mil habitantes. Nessa nova "onda" futebolística, viriam a surgir outros dois importantes clubes: o Yale Atlético Clube, em 1910, e o América Futebol Clube, em 1912. O futebol se enraizava, definitivamente, na capital.

O começo, no entanto, foi difícil. A primeira diretoria do Atlético era composta pelos próprios atletas: ao mesmo tempo que cuidavam da parte administrativa, tinham que treinar e jogar no time. Para se ter uma idéia da precariedade do clube, o Atlético ganhou da Prefeitura um terreno para construir seu campo e sede na rua Guajajaras, entre São Paulo e Curitiba. O campo não tinha mais que uns 30 metros de largura por uns 75 metros de comprimento, bem abaixo das medidas oficiais. Não havia marcas laterais e a bola saía de jogo quando rolava pelo barranco abaixo. As traves eram dois paus colocados verticalmente e o travessão era uma corda esticada. Já nos primeiros dias, roubaram as traves. Posteriormente, o Atlético passou a ocupar o campo que foi do Sport Club, ao lado da estação ferroviária.

Enfrentando tantas dificuldades numa cidade tão carente de recursos (a diretoria do Atlético teve que procurar muito para comprar uma bola, e assim mesmo tiveram que se contentar com uma usada, pois nenhuma outra foi encontrada em todo o comércio), o futebol começava a tomar gosto não só da elite, mas do povo em geral. Os jogos atraíam um crescente interesse e o Atlético já contava com uma grande torcida por motivos óbvios: dos três times da capital, o Atlético era o único clube que não impunha restrições à entrada de jogadores ou sócios. O Yale, clube da colônia italiana cuja dissidência daria origem em 1921 ao Palestra Itália, não via com bons olhos a inclusão de não italianos ou descendentes em seus quadros. E o América só aceitava estudantes ou pessoas de posse, sendo um clube altamente elitista.

Time sai invicto e conquista campeonato

(Na foto: Atlético, primeiro campeão mineiro - 1915)

Em 1914, já com o nome atual de Clube Atlético Mineiro, o time se inscreveu no primeiro torneio de futebol oficial realizado em Belo Horizonte. Invicto, conquistou o título. No ano seguinte, seria disputado o primeiro campeonato estadual de futebol em Minas e o Atlético novamente venceu. Nesses primeiros anos, o Atlético começaria a se impor como o clube mais popular da capital mineira. E é interessante constatar que, apesar de o América ter sido campeão mineiro por dez vezes consecutivas (de 1916 a 1925), o Atlético era o time que mais crescia em Belo Horizonte, sendo inclusive convidado para jogar em outras cidades, o que era bastante raro na época.

A discriminação existente nos outros clubes iria perdurar nos anos vinte e trinta. Só em 1927 o Palestra Itália permitiria o ingresso de não italianos em seus quadros como sócios ou como jogadores, mas ainda assim os não "oriundi" eram quase sempre barrados no time de futebol, dando-se preferência aos "italliani". Nos anos 30, o América ainda restringia o acesso de jogadores pobres durante os testes aos quais eram submetidos os atletas. Cidinho, o "Bola Nossa", que foi juiz de futebol nos anos quarenta, conta que, no início dos anos trinta, foi fazer um teste para conseguir entrar nos times juvenis do América e do Palestra, sendo recusado por ambos. Era pobre e não era italiano... No Atlético, foi incluído no time e foi campeão mineiro juvenil no ano de 1934.

No período de 1926 a 1939, o Atlético consolidou sua posição de maior clube de Minas Gerais e o mais popular, ganhando inúmeros títulos, inclusive o de Campeão dos Campeões do Brasil, em 1936 - e revelando craques diversos.

O Atlético ofereceu à população mais pobre de Belo Horizonte uma oportunidade de inserção no lazer da capital. Já em 1927, o jornal Vida Sportiva tecia esse comentário nada lisonjeiro sobre a popularização do futebol:

"O futebol revestiu-se, nos seus começos, de um cachet de fina elegância e alta distinção. Distinção do 'referee' (árbitro) e distinção de linguagem do cronista. Tratava-se, não há dúvida, de uma diversão de elites. Depois, dizem que o futebol evoluiu... Generalizou-se, democratizou-se, banalizou-se. E perdeu, no mesmo passo, o primitivo cunho de elegância. Enfim, evoluiu e continua a evoluir... Para o "Bambam-bam". (Jornal Vida Sportiva, de 19/11/1927)

Era um caminho sem volta. Isso porque o futebol passou a fazer parte do gosto popular e o povo já se identificava com ele. As massas suburbanas segregadas pelo Poder Público se identificaram com a agremiação que as escolhia sem fazer distinções: o Clube Atlético Mineiro.

Na foto: Atlético - final da década de 20.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Seleção do campeonato brasileiro 2008.

Hoje na comunidade do Atlético tinha um tópico sobre a seleção do Brasileiro de 2008. Tentei seguir a brincadeira, com o mínimo possível de clubismo (queira ou não, tem jogadores e times por aí que você acaba preferindo a outros...).

Victor (GRE)

Vitor (GOI)
Rever (GRE)
André Dias (SPO)
Juan (FLA)

Guiñazu (INT)
Hernanes (SPO)
Tcheco (GRE)
Alex (INT)

Keirrison (CTB)
Kleber Pereira (SAN)

Técnico: Muricy Ramalho.
Revelação: Keirrison.

Acho, sinceramente, que não tem como fugir muito disso.

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Now playing: Offspring - Come Out and Play
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sábado, 22 de novembro de 2008

Watch out!

Seguindo a lista de bandas recomendadas, hoje vou falar de AOF.

Alexisonfire é uma banda canadense de post-hardcore. A origem do nome, segundo reza a lenda, é uma homenagem à única "contorcionista" lactante do mundo. Se é verdade ou não já é outra história, sei que é fato que existe uma atriz de filme pra adultos com o nome de Alexis Fire.


A descrição do som não é fácil. A melhor palavra é antítese. Primeiro porque ou você ama AOF ou odeia. Não tem meio termo. Alguns se surpreendem e acham genial. Outros não vão querer ouvir nunca mais. Não preciso falar em qual grupo eu me enquadro.

Dallas, Wade, George, Jordan e Chris começaram no underground de Ontário, no Canadá em meados de 2002. De lá pra cá, 3 cds e um split com a banda Moneen. O que mais me impressiona é a variedade das músicas e a combinação das letras. Em um ouvido, os vocais melódicos de Dallas, acrescidos também da voz de Wade, falam de atos impulsivos. No outro, George berrando como um condenado, tudo se contrapondo, como se fossem uma dupla de anjos e demônios de desenho animado sentados em seus ombros, um falando pra fazer o bem e o outro pra destruir.

Recomendo muito pra quem não conhece. Mas é naquele esquema de 8 ou 80, já vão avisados.

PS.: Pra quem preferir o vocal melódico do Dallas, tem também o projeto acústico paralelo chamado City and Colour.
PS.2:
Escute aqui AOF e City and Colour aqui.

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Now playing: Reffer - Feeling Changes
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quarta-feira, 19 de novembro de 2008

How to fold a shirt in 5 sec.



Eu ainda não consegui encontrar a camisa...

"Shirt? There was a shirt in that video?"

Vi no Bobagento.


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Now playing: Finch - Three Simple Words
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Brain Ninjas.



FATO!

Dane Cook é um stand-up comedian americano. Nesse vídeo ele fala sobre fim de relacionamentos e sobre o que ele chama de "brain ninja", ou seja, a habilidade das fêmeas em instalar na cabeça do homem uma bomba relógio que explode a qualquer hora. O vídeo é meio grande mas vale a pena.

Qualquer semelhança com a realidade não é mera coincidência.

PS: outra apresentação aqui, aqui e aqui. Deus abençoe o Youtube.

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Now playing: The Clash - Should I Stay Or Should I Go
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quinta-feira, 13 de novembro de 2008

"Vamos transformar o Mineirão num inferno".

Ave Kalil!

Acho que fazia quase um ano que eu não voltava do Mineirão tão feliz. Não por ganhar do Vasco, que pra mim é chutar cachorro morto na atual situação. Mas por ver a festa da Massa. Tô com a garganta sangrando de tanto gritar e garanto que pelo menos 80% dos 42.182 pagantes que estavam lá também estão.

Foi um jogo daqueles inesquecíveis. Primeiro pela situação. Estava na faculdade até quase 21 horas, e o jogo começava às 22:00. Eu e mais um amigo "fretamos" uma carona pra nos levar lá. Chegamos eram 21:20 mais ou menos. Ingressos comprados (de arquibancada inferior), fomos tomar uma gelada pra animar. Algumas brejas depois resolvemos entrar. Nisso eram 21:45 e o portão estava fechado. Quase mil pessoas, diminuindo e muito a contagem, tentando passar por uma portaria e a catraca estava quebrada... Brincadeira. Lésbica na fila (só quem viu sabe...) e empurra empurra. Entramos já estava 1x0. Gol de Castillo, que voltou a jogar bem.

Quando entrei, o Vasco tentava em vão algum ataque. Mas o Atlético estava melhor e não tardaria a fazer 2x0. Renan Oliveira. O primeiro tempo acabou com alguns coros de "Renaaaato veado!" e "Oléeee". O Galo estava sobrando.

Segundo tempo começou com o Vasco em cima, mas sem apresentar perigo. Bom para o Galo, time de contra ataque. Num desses, após grande cruzamento na área, Castillo sofre penalti. Leandro Almeida (grata surpresa como batedor) converte. 3x0. Em outro contra ataque, minutos depois, de novo penalti, dessa vez em Pedro Paulo. Leandro Almeida de novo. 4x0.

Como já disse no outro post, "com Edson em campo não tem placar em branco". Falha grotesca da defesa e sobretudo do "Mão de Quiabo". 4x1, gol de Madson, o único lúcido no lado cruzmaltino. Ainda teve o Leandro Amaral (jogou maaaal) batendo penalti à la Baggio.

Fim de jogo em festa. Galo ganhou a terceira seguida. E agora, como vou embora? Gogo taxi.

Peguei o taxista mais insano de BH. Cheguei em casa em tempo record, nem calçada o infeliz respeitava. Mas pelo menos cheguei vivo. E pronto pra outra.

Que venha o próximo jogo em casa.

Como disse o novo presidente Alexandre Kalil: "Vamos transformar o Mineirão num inferno!" (de novo). Atlético com torcida em campo é difícil de ser batido, e após os protestos por causa da administração passada voltamos a apoiar. Nunca abandonamos o Galo, mas agora estamos de volta pra casa. E ninguém segura.

Atlético atuou com:
Juninho (depois Edson, azarado como sempre); Sheslon (seguro), Leandro Almeida (tem estrela), Welton Felipe (jogou muito) e César Prates (de novo fazendo um penalti imbecil); Nen (seguro), Márcio Araújo (não comprometeu), Élton (não comprometeu, depois Yuri que atuou pouco tempo), Renan Oliveira (melhor em campo); Marques (procurou o jogo e saiu cansado pra entrada de Pedro Paulo que aprontou uma boa correria) e Castillo (oportunista e se movimentou bem).
Técnico Marcelo Oliveira (se não vier um de ponta pro ano que vem, continua sendo a melhor opção).

Vasco com:
Rafael, Wagner Diniz, Eduardo Luiz (Leandro Bonfim), Jorge Luiz e Odvan; Rodrigo Antônio, Mateus, Jonilson "um querendo comer o outro", Madson (melhor do Vasco, depois Pedrinho); Edmundo e Leandro Amaral.
Técnico Renato Gaúcho.

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Now playing: Bear Vs. Shark - Heard Iron Bug, "They're Coming To Town"
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segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Dor de cabeça, garganta ressecada.

Hoje eu voltaria com comentário do Brasileirão. Mas não vou comentar porque não vi o jogo do Atlético. Estava ocupado.

Extasiado.

Show do Offspring foi o melhor que eu já fui. Talvez exagero (porque não vi o show direito, tava alterado já). Mas com toda certeza, TOP 5. Ainda teve Tianastácia gravando dvd. De resto, cerveja e comida de graça. Sinceramente, nem lembro das outras bandas.

E BH continua sendo um ovo.

Quarta eu volto com a programação normal.

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Now playing: Charlie Brown Jr. - Não Deixe O Mar Te Engolir
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sábado, 8 de novembro de 2008

Saudades da internet discada.

Tenho saudades da internet de verdade. Sério.

Saudades daqueles tempos de AOL discada (e daqueles cds de "amostra grátis" por 3 meses). Saudade daquele "Até logo!" que me matava de raiva toda vez que a net caia. Saudades daquele padrão de jogar paciência até dar meia noite na sexta. Saudades de levar horas pra baixar 10mb (mentira, disso não).

Eu, no alto dos meus 11 anos, esperava até tarde pra poder ficar algumas horas no icq com alguns amigos. Cara, isso não tinha preço. Lembro de baixar Nirvana no IMX (era alguma sigla do tipo) e ouvir horas e horas a mesma música. Putz, hoje em dia baixo albuns levando o mesmo tempo e raramente tenho tempo pra ouvir um inteiro. Valorizava cada uma das minhas 30 mp3 que nunca variavam do que tocava na Mtv... Era Crawling e In the End do Linkin Park (depois With You e A Place for my Head, que meu primo descobriu aleatoriamente) e algumas do Nirvana que eu ouvia na escola. Não fugia disso, nunca. Sabíamos todas de cor. E nos orgulhavamos disso. Hoje, tenho 20gb de música e garanto que nunca ouvi (de fato) pelo menos 20%. Conheço gente numa situação "pior".

Outra coisa que eu sinto falta é o ICQ. Sério. Desdaquele barulho de buzina de navio quando entrava, até o O-OW quando chegava mensagem passando claro pelo barulho de máquina de escrever quando você digitava. Isso sim era IM. Fora que dava pra procurar pessoas por cidade, sexo, idade... Passei madrugadas de sábado procurando MULHERES-RECIFE-14 ANOS. Tenho até umas boas histórias disso, depois eu conto. Único defeito era que eu nunca decorava aquele número e toda vez que baixava o programa, tinha de fazer um uin novo e começar a caçar meus amigos de novo. Depois tentei migrar pro mIRC mas nunca tive saco. Pulei direto pro msn e dai tudo desandou.

Enfim, eu era feliz e não sabia. Não tinha orkut e nunca tinha contato com gente do tipo das que rondam no PGA. Acho que o orkut contribuiu, e muito, pra esse meu niilismo virtual.

Acho até que esse saudosismo é normal. A internet ainda era novidade naquela época... Achava o máximo o bate-papo da uol. Depois migrei pro Bacaninha e pro Fulano (com aqueles bonequinhos ahah). Humortadela era o top piadas internas naquela época. Só quem tinha internet (e eram poucos) sabiam o que se passava naquele site. As piadas eram todas comentadas. Bons tempos.

Primeira vez que tive internet à cabo foi uma festa. Em uma semana, já tinha 100 mp3. ahaha Pensem nas possibilidades... Mas ainda sinto falta daquela mágica por trás da internet. De aproveitar seus minutos preciosos e entrar no site da playb... digo, fazer aqueeeela pesquisa de geografia no cadê.

Bons tempos. Eu fiquei velho, ou será que era assim com todo mundo?

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Now playing: Raimundos - Alegria
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terça-feira, 4 de novembro de 2008

Mesa Redonda.

Comentários sobre o fim de semana (esportivo), tomara que virem hábito.

Primeiro, Hamilton bem que tentou ser vice. Mas o título não poderia ir para outro. Muito se criticou Timo Glock, o alemão da Toyota por ter "deixado" Hamilton ultrapassar na última curva (literalmente). Mas será que tinha alguma coisa pra ele fazer? Sério.

Ah, quem perdeu o título foi a Ferrari. Durante o ano, Massa pagou pelos inúmeros erros da equipe. Erros que variaram de estratégias a falhas no pit-stop. Coisas inimagináveis na F1, vindas da Ferrari então... No mais, a temporada marcou a estréia (de fato) do alemão Vettel que aparentou ter futuro promissor. Mas tava tudo meio que ajustado. Obvio ululante que o inglês ia se tornar o mais novo campeão mundial... Mas confesso que por breves 3 ou 4 voltas eu cheguei a acreditar no título do Massa. E quem não?

Mas parabéns ao Hamilton que mereceu. De verdade. E ano que vem promete. Tomara que o Alonso esteja com um carro de verdade desdo começo da temporada.

E que vergonha da torcida brasileira vaiando o legitimo campeão só porque o Massinha não venceu. Vergonha.

Sobre futebol, essa rodada do Brasileirão foi boa para o Atlético. Vencemos e vimos o Cruzeiro mais longe do título. Fora isso, vencer o Botafogo foi muito bom. Estavamos engasgados com esse time. 7 anos é muito tempo. E agora a tendência é outra, time e torcida parece que se uniram novamente (pela volta do Kalil ao comando, em grande parte).

O jogo foi menos complicado do que pareceu. Aliás, o Atlético (como vem fazendo normalmente no campeonato) dominou o jogo mas pouco concretizou. E com Edson em campo (isso é motivo pra um post mais pra frente) não tem placar em branco.

O Botafogo começou melhor no primeiro tempo. Tal domínio durou até os 15 minutos. Depois o Galo colocou ordem em casa. Com uma arrancada sensacional do jovem Welton Felipe (repetindo as boas atuações pelo Ituiutaba no Mineiro desse ano) que resultou num penalti. Duvidoso, diga-se de passagem. Mas quem liga? Importa é que Leando Almeida bateu com maestria e converteu. 1x0. Depois disso o Atlético continuou martelando. Mas sem objetividade. Castillo, Marques e Raphael Aguiar aprontaram correria no ataque, mas na hora da finalização... Teve bola na trave pros dois lados (a do Botafogo quando ainda tava em 0x0) e fim de primeiro tempo.

Os times voltaram iguais. Bom sinal. Mais ou menos. O Botafogo começou melhor, de novo. Alguns sustos, até que Edson cortou um cruzamento na área e ligou rápido o contra ataque com Marques. Bola de pé em pé até chegar a Márcio Araújo que foi derrubado por Rodrigo Sá, do Botafogo. Último homem, expulsão. Aí parecia que tudo se tranquilizaria. Um homem a mais em campo. Engano. Num contra ataque o Botafogo empatou com Carlos Alberto. Parecia que o filme se repetiria.

Mas aí brilhou a estrela do Pet. E do técnico Marcelo Oliveira. Em bola alçada na área pelo sérvio, que acabara de entrar, Leandro Almeida (de novo) escorou para o gol. Festa nas arquibancadas. A partir daí, o Atlético começou a administrar o jogo. Mas como era o Edson no gol (que aliás fez boas defesas, sendo justo), tinhamos de tomar mais alguns sustos. Nada demais, pra quem já está acostumado.

Fim de jogo, Atlético 2x1 Botafogo. Voltamos à 12ª posição. Pouco pelas espectativas da torcida. Mas melhor que nada.

Atlético 2 x 1 Botafogo.
Motivo:
33ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2008.
Árbitro: Evandro Rogério Roman (Fifa-PR).

Atlético:
Edson:
boas defesas, mas continua inseguro.
César Prates: não comprometeu.
Leandro Almeida: melhor em campo, seguro na defesa e autor de dois gols.
Welton Felipe: bom jogo, mas continua estabanado.
Raphael Aguiar esforçado.
Nen: seguro, merece mais chances. Deu lugar a Petkovic: único pensante na equipe, indispensável para o time, ainda que atue só meio tempo.
Márcio Araújo: boa atuação, marcou bem e se apresentou nos contra ataques.
Élton: apagado, mas não comprometeu.
Renan Oliveira: bom jogador, só precisa de mais vontade. Meio apagado e lento, as vezes.
Marques: guerreiro, mas as pernas já não acompanham mais a cabeça. Seria uma boa alternativa para o segundo tempo, a meu ver. Deu lugar a Pedro Paulo: esforçado, mas limitadíssimo. Teve pouco tempo pra mostrar qualquer coisa, aliás.
Castillo: acho ele um bom jogador, com boa presença de área. Falta alguem para fabricar as jogadas. Nesse jogo porém, pouco produziu. Deu lugar a Beto: que pouco fez pois jogou pouco tempo.
Marcelo Oliveira: modificou bem, na hora certa. Mas continuo achando que está longe de ser o técnico ideal para o ano que vem.

Botafogo: Renan; Tiaguinho (Edson), Émerson, André Luiz e Triguinho (Luciano Almeida); Diguinho, Rodrigo Sá, Jorge Henrique e Carlos Alberto; Wellington Paulista (Eduardo) e Lucas. Téc: Ney Franco.
Destaque para Carlos Alberto que foi o mais lúcido do time carioca.

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Now playing: Glassjaw - Convectuoso
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sábado, 1 de novembro de 2008

Dalhe Massinha!

Sobre a final na F1 amanhã, alguns comentários.

Primeiro, acho que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar. A situação no ano passado era bem parecida e o menos provável aconteceu. Hamilton errou e tudo deu certo para a Ferrari. Acho muito difícil acontecer o mesmo no GP do Brasil de 2008. Vale dizer que Hamilton aprendeu com os erros e hoje é um piloto melhor do que era em 2007. Cabe dizer também que, as atenções estão focadas nesses erros e toda a equipe está atenta para que não se repitam. Segundo porque em todas as vezes que o Massa esteve com a faca e o queijo na mão, ou ele errou ou a equipe o derrubou. Sinceramente, acho mais fácil isso acontecer do que Hamilton errar. Mas tudo é possível. Vejo vários entendidos afirmando que Hamilton não é bem visto pelos outros competidores, e temo pela falta de esportividade.

- Estou achando que Lewis Hamilton não passará da primeira curva da corrida. Tem muito piloto no grid que não vai com a cara dele - afirmou Nelson Piquet na globo.com.

Que a vitória de Massa seja na pista (e justa).

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Now playing: The Killers - Mr. Brightside
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