Mostrando postagens com marcador cinema. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador cinema. Mostrar todas as postagens

sábado, 26 de maio de 2012

Tv a cabo e o made in Brazil.

Estes dias estava reparando sobre a tv a cabo.

Sou assinante há uns 15 anos e a tv por assinatura sempre foi uma alternativa supervalorizada. Você para e imagina que nos 100 canais (ou mais) da tv paga existirão mais opções que nos 5 ou 6 da tv aberta... É inevitável pensar nisso. Na prática, porém...

Não vou cair naquele discurso comum de que os filmes e séries são sempre repetidos... Pensem por exemplo nos canais Telecine. São 6 canais exclusivos de filme. Natural acabarem os lançamentos uma hora ou outra.

Os canais de esporte se renovam diariamente, praticamente impossível a programação cair em repetição, salvo nas épocas de fim de temporada. Mas isso também é compreensível.

Meu problema com a tv a cabo é a tendência recente em virar tv aberta. É o excesso de filmes dublados e a obrigatoriedade de programação nacional.

Não consigo entender esta necessidade de proteger nossa língua pátria das influências estrangeiras, sobretudo se pensarmos na universalização das coisas através da internet. E que hoje é praticamente obrigatório pelo menos termos noção de outra língua.

Existem diversos filmes brasileiros que deixam no chinelo outras obras gringas, como por exemplo o "O homem que copiava", mas se eu vejo tv paga, tenho o direito de assistir ao que quiser. Por melhor que seja a dublagem, sempre perdemos alguma coisa do original. A entonação do ator, a emoção do narrador, a sinceridade do choro...

Já temos de nos contentar com filmes dublados na tv aberta, deixem a tv paga livre disso.

Uma boa saída é a encontrada pela HBO e pelo próprio Telecine. Por força de lei, são obrigados a exibir uma certa porcentagem de filmes dublados e de programação nacional.

Qual a saída? Para os filmes, disponibilizam em ambos os idiomas. Quanto a programação nacional, a HBO produz séries nacionais e o Telecine apresenta drops de informações e behind the scenes sobre os filmes e comentários sobre premiações e lançamentos.

Quanto ao resto dos canais de filmes e séries, a maioria tem cedido ao protecionismo sem muitos esforços.

Por via das dúvidas, parei de acompanhar pela tv, na maior parte das vezes, assisto pela internet mesmo.

Só fazendo um adendo, o mesmo tipo de imposição de certa quantidade de filmes dublados e produções nacionais invade também os cinemas.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

We'll call you when we get there.


Hoje a tarde vi A Casa da Mãe Joana, filme escrito pelo ator Hugo Carvana. Seguindo a mesma lógica de outros filmes nacionais, é um filme engraçado sob alguns aspectos mas bem forçado em outros.

Por exemplo, segue aquela máxima de filme brasileiro: quando falta argumento, coloque um palavrão na frase e tudo se resolve. Confesso que é até surpreendente ver dinossauros (no melhor sentido da palavra) da tv brasileira se mostrando tão normais ao ponto de se referir a alguém com um simples "Aquele filho da puta". Mas com o tempo, torna-se enfadonho.

O roteiro é até certo ponto original: 3 amigos dividem um apartamento e levam a vida a praticar pequenos golpes. Aliados a Vavá (Pedro Cardoso, no melhor estilo Agostinho Carrara), dão o golpe em um traficante internacional perseguido pela polícia. Como todo golpista que se preza (principalmente em filmes hollywoodianos), Vavá tenta levar a melhor sobre seus comparsas e acaba fugindo com o lucro do roubo. A partir daí, a trama se concentra na vida de PR (Paulo Betti), Juca (José Wilker) e Montanha (Antonio Pedro). Cada um luta por dinheiro, sempre de maneira a fugir de trabalho honesto. Respectivamente, ganham dinheiro como gigolô de madames, babá de idoso e escritor em fim de carreira. Várias reviravoltas acontecem, então veja o filme pra matar a curiosidade. A receita parece boa, mas o filme peca pelo exagero.

Primeiro pela impressão de Sai de Baixo que se passa desde a abertura. Segundo, por alguns papeis mal aproveitados (como o vilão Leopoldo, interpretado por Claudio Marzo e sua esposa adúltera Malu Mader). Fora que cai na mesmice da maioria dos filmes nacionais.

Vale dizer que eu sou fã do cinema nacional, acho que muitas obras como O homem que copiava e Saneamento Básico são geniais. Mas ainda falta muito para poder afirmar que o cinema nacional é bom (repito, tem muita coisa boa por aí).

Casa da mãe Joana
não é lá de todo ruim, mas não vá ao cinema ver esperando um filme hilário nem um final inesperado.

De qualquer jeito, já vale pelas participações de Fernanda de Freitas (espetacular) e Juliana Paes.