Dias atrás acabou a segunda edição do SWU. O primeiro festival começou com estardalhaço gigante, com bandas muito boas. Esse ano, a segunda edição veio cerca de dois meses depois do Rock in Rio, que é o maior festival do mundo.
Diversas bandas gigantes estiveram em terras brasileiras por conta dos shows, poderia citar pelo menos umas 20 que se fizessem shows sozinhos lotariam e os ingressos se esgotariam rapidamente.
Essas bandas internacionais são o carro-chefe dos festivais internacionais. Isso é inegável. A maioria das pessoas vão a esses festivais pra ver o show do Rage Against the Machine, vez que é extremamente raro deles darem as caras por aqui. O show do Skank, O Rappa e afins é bem mais comum.
Mas as bandas brasileiras são desprezadas nesse tipo de festival. Aliás, desprezadas não. São enxertadas, pois os organizadores recebem incentivos para tal.
No Rock in Rio de 2001, por exemplo, a banda O Rappa, na época no auge (ou bem próxima dele) abriu mão de participar do festival porque tocaria antes de bandas gringas, a maioria delas de "pequeno porte". Claro que pro público e pros organizadores uma banda menor como o Deftones, por exemplo, é bem mais atrativa que O Rappa. Sem depreciar as duas bandas, é a pura oferta e demanda. O Rappa faz shows todo mês no Rio, eles são de lá. O Deftones se vier aqui uma vez a cada 5 anos é muito.
A organização do festival faz o que então? Coloca O Rappa pra tocar mais cedo e segura as principais atrações, ou seja, os gringos, pro final.
O Rappa não quis aceitar isso e saiu do festival. Na época rolou uma confusão por conta de gravadora e etc., mas no final das contas outras grandes bandas brasileiras aderiram ao movimento e sairam do festival. Quem perdeu, assim, foi o público.
Duas das bandas do rock nacional que mais faziam sucesso à época também saíram do setlist, em solidariedade ao Rappa: Raimundos e Charlie Brown. Isso sem falar de Skank, Jota Quest e Cidade Negra.
Mudou alguma coisa pros organizadores? Não. O festival correu normalmente, com shows de Queens of the Stone Age, Red Hot Chili Peppers, Iron Maiden e Silverchair, entre outros. Mas o público brasileiro que queria ver as maiores bandas nacionais saiu no prejuízo. Teve de assistir aos shows de Carlinhos Brown, Sandy e Júnior, Kid Abelha e afins. Nada contra os artistas, mas não são nomes pra um festival chamado Rock in Rio.
No último SWU, por exemplo, aconteceu outra confusão envolvendo bandas nacionais e internacionais. Devido à chuva, o show do Ultraje a Rigor acabou atrasando. O palco seria utilizado posteriormente por Peter Gabriel e sua orquestra (!) que precisariam de um tempo hábil para organizar tudo. Perfeitamente compreensível. O que fizeram? Exigiram junto à organização do festival que o show do Ultraje fosse reduzido em meia hora (o show que seria de uma hora).
Durante a apresentação do Ultraje, houve briga entre os roadies das bandas e, em um determinado momento, os amplificadores do Ultraje foram até desligados.
Como anda o respeito pelas bandas nacionais nesses festivais? Elas estão presentes lá só por conta da "cota" para incentivos fiscais? Será que é justo exigir que as bandas nacionais toquem em horários piores, durante o dia, para manter a aparência e fazer as bandas internacionais tocarem no horário nobre?
O Lobão, cantor que fez certo sucesso nos anos 80 e hoje aparece mais por conta do falatório, postou um vlog sobre isso.
Se ele está certo? Não sei.
Mas eu jamais viajaria 600km até São Paulo pra ver o Lobão tocar no Lollapalooza. Mas iria rindo pra assistir ao Foo Fighters.
Diversas bandas gigantes estiveram em terras brasileiras por conta dos shows, poderia citar pelo menos umas 20 que se fizessem shows sozinhos lotariam e os ingressos se esgotariam rapidamente.
Essas bandas internacionais são o carro-chefe dos festivais internacionais. Isso é inegável. A maioria das pessoas vão a esses festivais pra ver o show do Rage Against the Machine, vez que é extremamente raro deles darem as caras por aqui. O show do Skank, O Rappa e afins é bem mais comum.
Mas as bandas brasileiras são desprezadas nesse tipo de festival. Aliás, desprezadas não. São enxertadas, pois os organizadores recebem incentivos para tal.
No Rock in Rio de 2001, por exemplo, a banda O Rappa, na época no auge (ou bem próxima dele) abriu mão de participar do festival porque tocaria antes de bandas gringas, a maioria delas de "pequeno porte". Claro que pro público e pros organizadores uma banda menor como o Deftones, por exemplo, é bem mais atrativa que O Rappa. Sem depreciar as duas bandas, é a pura oferta e demanda. O Rappa faz shows todo mês no Rio, eles são de lá. O Deftones se vier aqui uma vez a cada 5 anos é muito.
A organização do festival faz o que então? Coloca O Rappa pra tocar mais cedo e segura as principais atrações, ou seja, os gringos, pro final.
O Rappa não quis aceitar isso e saiu do festival. Na época rolou uma confusão por conta de gravadora e etc., mas no final das contas outras grandes bandas brasileiras aderiram ao movimento e sairam do festival. Quem perdeu, assim, foi o público.
Duas das bandas do rock nacional que mais faziam sucesso à época também saíram do setlist, em solidariedade ao Rappa: Raimundos e Charlie Brown. Isso sem falar de Skank, Jota Quest e Cidade Negra.
Mudou alguma coisa pros organizadores? Não. O festival correu normalmente, com shows de Queens of the Stone Age, Red Hot Chili Peppers, Iron Maiden e Silverchair, entre outros. Mas o público brasileiro que queria ver as maiores bandas nacionais saiu no prejuízo. Teve de assistir aos shows de Carlinhos Brown, Sandy e Júnior, Kid Abelha e afins. Nada contra os artistas, mas não são nomes pra um festival chamado Rock in Rio.
No último SWU, por exemplo, aconteceu outra confusão envolvendo bandas nacionais e internacionais. Devido à chuva, o show do Ultraje a Rigor acabou atrasando. O palco seria utilizado posteriormente por Peter Gabriel e sua orquestra (!) que precisariam de um tempo hábil para organizar tudo. Perfeitamente compreensível. O que fizeram? Exigiram junto à organização do festival que o show do Ultraje fosse reduzido em meia hora (o show que seria de uma hora).
Durante a apresentação do Ultraje, houve briga entre os roadies das bandas e, em um determinado momento, os amplificadores do Ultraje foram até desligados.
Como anda o respeito pelas bandas nacionais nesses festivais? Elas estão presentes lá só por conta da "cota" para incentivos fiscais? Será que é justo exigir que as bandas nacionais toquem em horários piores, durante o dia, para manter a aparência e fazer as bandas internacionais tocarem no horário nobre?
O Lobão, cantor que fez certo sucesso nos anos 80 e hoje aparece mais por conta do falatório, postou um vlog sobre isso.
Se ele está certo? Não sei.
Mas eu jamais viajaria 600km até São Paulo pra ver o Lobão tocar no Lollapalooza. Mas iria rindo pra assistir ao Foo Fighters.
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