quarta-feira, 8 de outubro de 2008

We'll call you when we get there.


Hoje a tarde vi A Casa da Mãe Joana, filme escrito pelo ator Hugo Carvana. Seguindo a mesma lógica de outros filmes nacionais, é um filme engraçado sob alguns aspectos mas bem forçado em outros.

Por exemplo, segue aquela máxima de filme brasileiro: quando falta argumento, coloque um palavrão na frase e tudo se resolve. Confesso que é até surpreendente ver dinossauros (no melhor sentido da palavra) da tv brasileira se mostrando tão normais ao ponto de se referir a alguém com um simples "Aquele filho da puta". Mas com o tempo, torna-se enfadonho.

O roteiro é até certo ponto original: 3 amigos dividem um apartamento e levam a vida a praticar pequenos golpes. Aliados a Vavá (Pedro Cardoso, no melhor estilo Agostinho Carrara), dão o golpe em um traficante internacional perseguido pela polícia. Como todo golpista que se preza (principalmente em filmes hollywoodianos), Vavá tenta levar a melhor sobre seus comparsas e acaba fugindo com o lucro do roubo. A partir daí, a trama se concentra na vida de PR (Paulo Betti), Juca (José Wilker) e Montanha (Antonio Pedro). Cada um luta por dinheiro, sempre de maneira a fugir de trabalho honesto. Respectivamente, ganham dinheiro como gigolô de madames, babá de idoso e escritor em fim de carreira. Várias reviravoltas acontecem, então veja o filme pra matar a curiosidade. A receita parece boa, mas o filme peca pelo exagero.

Primeiro pela impressão de Sai de Baixo que se passa desde a abertura. Segundo, por alguns papeis mal aproveitados (como o vilão Leopoldo, interpretado por Claudio Marzo e sua esposa adúltera Malu Mader). Fora que cai na mesmice da maioria dos filmes nacionais.

Vale dizer que eu sou fã do cinema nacional, acho que muitas obras como O homem que copiava e Saneamento Básico são geniais. Mas ainda falta muito para poder afirmar que o cinema nacional é bom (repito, tem muita coisa boa por aí).

Casa da mãe Joana
não é lá de todo ruim, mas não vá ao cinema ver esperando um filme hilário nem um final inesperado.

De qualquer jeito, já vale pelas participações de Fernanda de Freitas (espetacular) e Juliana Paes.

2 comentários:

Unknown disse...

Fernanda de Freitas é a segunda mulher mais bonita no Brasil.

Um rostinho angelical e um jeito de "namoradinha" que encantam qualquer ogro.

Eu vi esse filme, mas, como sempre faço em filmes de comédia e ação / aventura, deixei o cérebro em casa e esperei apenas rir em 70% do tempo e me divertir com os palavrões.

Confesso eu gostei :D

Adolfo Amorim disse...

Resumidamente, essa Fernanda de Freitas me faz querer reviver uma série que um amigo meu postava no blog antigo dele. Talvez ela (a série, infelizmente) apareça por aqui.

E o filme é isso mesmo. Tem de deixar o cérebro em casa. Literalmente, relaxar e gozar.