Em uma das franquias mais clássicas do cinema, Sylvester Stallone viveu um lutador de boxe daqueles bem clássicos, realmente com perfil de vencedor de filmes.
Um cara limitado tecnicamente mas com grande coração, vencia as lutas geralmente buscando aquele algo a mais, na raça.
Teve uma carreira vitoriosa, chegando ao auge sendo campeão mundial. Mas também viveu o declínio, sem dinheiro e voltando a morar em casas humildes.
Nessa última fase, marcada pelo fim da carreira do Italian Stallion, foi desafiado por um jovem campeão, um rapaz arrogante que achava ser melhor que todo mundo. Esse é o roteiro do 5º filme da série, chamado Rocky V (note que criatividade não é o forte do Stallone).
Recentemente, foi lançado o sexto filme da série, chamado Rocky VI Balboa e mostra a vida do personagem principal depois de realmente ter abandonado a carreira e sendo desafiado novamente por um campeão em grande fase.
Não, eu não vou fazer uma resenha da série, apesar de gostar bastante dela (sobretudo o Rocky IV que mostra toda aquela briguinha EUA x URSS).
Estou aqui pra falar do nosso lendário Acelino "Popó" Freitas. Aquele cara que fez com que parte do país voltasse a acompanhar boxe, assistindo lutas na madrugada e se vangloriando de ganhar todas as lutas de locaute (sic) e raramente chegar no décimo rond (sic²).
O cara teve uma puta carreira. O cartel dele é invejável, ainda que em alguns momentos tenha procurado lutas fáceis descendo de categoria. São 41 lutas, 39 vitórias (33 por knockout) e apenas duas derrotas, cartel este que permitiu a ele ser campeão mundial por quatro vezes, nos pesos leve e super pena.
Após aposentado, Popó seguiu parte de ex-atletas e entrou na brincadeira da política, sendo eleito (após desistência de outro candidato) deputado federal pela Bahia.
Recentemente, entrou na vida de Popó o roteiro de Rocky.
Foi desafiado por um campeão mundial, o brasileiro radicado nos EUA Michael Oliveira. O jovem, que vinha invícto, começou a falar mal de Popó abertamente na imprensa e lançou o desafio: queria derrotar Popó.
Claro que pra ele, que ne época quase ninguém conhecia, a luta seria uma ótima oportunidade. Enfrentaria um grande ídolo e alavancaria a carreira. Mais, pegaria Popó sem treinar, aposentado e quase 15 anos mais velho.
Popó não só aceitou como derrotou ontem, num cassino em Punta del Este, Uruguai e botou um ponto final na sequência invícta do desafiante.
A vida pune.
Um ótimo encerramento de carreira para Popó que agora volta, ou ao menos deveria, suas atenções exclusivamente para a política.
Uma pena, entretanto, que em 2004 o Eder Jofre não tivesse condições de lutar quando o mesmo Popó gritou pra todos os lados que estava acima de todos, inclusive do próprio Jofre.
Adoraria ver o Jofre derrubando o Popó.
O vídeo da luta do Popó ontem está disponível na Globo.
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