Se tem uma coisa com a qual o Atleticano (assim mesmo, com maiúscula) não pode contar, nunca (mas nunca mesmo) é com a sorte. Tem aquela máxima que diz que se o pão cair, ele vai cair com a manteiga pra baixo... Tenho certeza que esse estudo empírico teve como objeto um, ou vários, Atleticanos.
Quis a sorte (ou a falta dela) que o Atlético dominasse o futebol brasileiro entre os idos de 77 e 80 e poucos e não conseguisse título nacional algum. Ora, é esse o time que chegou em catorze semifinais do Brasileiro pra conseguir vencer apenas um? Ou é o único time vice-campeão nacional invícto (do mundo, me arrisco a dizer)?
Existem coisas que só acontecem com o Atlético.Sou capaz de falar que o Atleticano é aquele ser preparado para o pior sempre. Bom, eu sou assim, pra mim o copo está sempre meio vazio.
O Atleticano é sempre adepto a estatísticas, deveríamos todos ser matemáticos. Se a chance de dar errado é de 0,5%, amigo, essa chance existe e hora ou outra vai dar as caras.
E acho que é isso que nos fortalece. Na hora do aperto, o Atleticano não pode contar com mais ninguém: só com os outros Atleticanos. Esse é nosso diferencial... É o que faz com que você tire forças de onde não existe.
É uma condição sui generis: o Atleticano tem muito mais que um time, tem um laço. Laço que faz com que pessoas que nunca se viram, de diferentes classes e níveis sociais, se tornem melhores amigos, ainda que por apenas 90 minutos.
Temos hoje 13 rodadas do campeonato Brasileiro, 10 vitórias e um time que está finalmente jogando bola. Se vai dar certo ou não, impossível dizer, pelo menos por agora.
O meu conselho, amigo Atleticano, é que você aproveite o momento. Não esbanje, não seja arrogante, não deboche. Seja mineiro, porque é assim que somos.
Mas não comece agora a contar com a sorte porque ela jamais sorrirá pra gente. Vamos continuar contando com a competência e pronto. E nunca, nunca mesmo, deixe de acreditar naqueles 11 escolhidos.
O terreno está preparado.
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