"Andando sozinho, a contrario sensu".
Em latim, temos uma expressão para reproduzir um argumento de forma idêntica, porém extraindo uma conclusão lógica contrária a outra anterior. É um recurso interessante, mas deve ter fundamento para que não seja só mais uma falácia, um argumento sem sentido. A grosso modo, se duas sentenças contrárias não podem ser simultaneamente verdadeiras, é mais provável que ambas sejam falsas.
Defende-se muito, e nisso eu arrisco a dizer que todos, a liberdade de opinião e de expressão. São direitos constitucionais, previstos largamente em nosso codex. Entretanto, na hora de "presentearmos" os outros com essa dádiva, somos reticentes.
Na teoria, é lindo falar que todos somos livres pra se expressar.
Na prática, agride.
E isso é extremamente interessante.
Eu poderia até escrever como o CQC caiu de qualidade. Isso é gosto pessoal, em que pese o blog ser um espaço para eu me expressar (!). Prefiro falar sobre como apesar de se pintar como o baluarte da independência midiática, esse programa traiu seu apresentador por fazer exatamente o que ele deve (e é pago para) fazer: piada com os outros.
Foi de mau gosto a piada? Talvez. Mas não é esse o trabalho dele, cara-pálida? Ou vai dizer que é de bom gosto o cara ir ao Congresso e humilhar um político porque ele não sabe sobre uma rebelião que aconteceu ontem na capital da Armênia. Ou ir numa festa de celebridades e começar a perguntar sobre a política dos EUA para sair da crise... Ou outras tantas brincadeiras do programa.
Se o público, que elegeu o CQC como humor inteligente, aceita uma piada, por que não outra?
Vão dizer que fazer piada sobre comer um bebê é de mau gosto. Ok, concordo. Igual já li e vi inúmeras outras piadas desse nível. E ninguém falou nada.
O próprio Marco Luque, colega de bancada do Rafinha Bastos, vive falando que fulana é piranha, que cobra dinheiro pra sair com famosos e fica por isso mesmo. O Tas, que é um cara deveras inteligente, fala coisas desse nível e ninguém abana o rabo. Ninguém fala nada. Errado? Não, de maneira alguma, vez que são comediantes, ou seja, vivem de fazer deboche com os outros.
Os caras estão fazendo o trabalho deles. Brincadeiras, piadas, com a cara dos outros. Você ficar chateado, momentaneamente, com uma piada é normal (apesar de que, hoje isso é bullying em nosso mundo politicamente correto). Uma atitude possível seria ignorar a piada, achar o comediante autor da mesma um c*zão e pronto. No máximo deixaria de ver o programa, ir ao show dele, comprar seus produtos e pronto. Acabou o problema.
Pesa hoje o politicamente correto e a ignorância das pessoas. Ou alguém acha que, ainda se tivesse oportunidade, o Rafinha Bastos comeria a Wanessa Camargo e/ou o bebê dela?
Eu não acho. Eu sei a diferença entre uma piada, ainda que mal posta, e uma opinião.
Só pra finalizar, finalmente sabemos que o "Custe o Que Custar" tem um preço. Os anuncios. Isso porque o marido da ofendida é um dos cabeças da empresa de propagandas do Ronaldo (outro que repudiou publicamente o programa).
Vocês criaram um monstro. O cara tá livin' la vida loca agora. Aparentemente teve um surto de Charlie Sheen e, semana passada, durante a apresentação do programa, postou fotos no twitter se mostrando deveras chateado com o afastamento do programa, acompanhado de duas "modelos" de lingerie e fumando um bom e velho charuto cubano.
"Como é árdua a estrada daqueles que trazem novas idéias... Elas podem significar a diferença entre o sucesso e o fracasso".
(A-OK - Aversão à novas idéias)
Em latim, temos uma expressão para reproduzir um argumento de forma idêntica, porém extraindo uma conclusão lógica contrária a outra anterior. É um recurso interessante, mas deve ter fundamento para que não seja só mais uma falácia, um argumento sem sentido. A grosso modo, se duas sentenças contrárias não podem ser simultaneamente verdadeiras, é mais provável que ambas sejam falsas.
Defende-se muito, e nisso eu arrisco a dizer que todos, a liberdade de opinião e de expressão. São direitos constitucionais, previstos largamente em nosso codex. Entretanto, na hora de "presentearmos" os outros com essa dádiva, somos reticentes.
Na teoria, é lindo falar que todos somos livres pra se expressar.
Na prática, agride.
E isso é extremamente interessante.
Eu poderia até escrever como o CQC caiu de qualidade. Isso é gosto pessoal, em que pese o blog ser um espaço para eu me expressar (!). Prefiro falar sobre como apesar de se pintar como o baluarte da independência midiática, esse programa traiu seu apresentador por fazer exatamente o que ele deve (e é pago para) fazer: piada com os outros.
Foi de mau gosto a piada? Talvez. Mas não é esse o trabalho dele, cara-pálida? Ou vai dizer que é de bom gosto o cara ir ao Congresso e humilhar um político porque ele não sabe sobre uma rebelião que aconteceu ontem na capital da Armênia. Ou ir numa festa de celebridades e começar a perguntar sobre a política dos EUA para sair da crise... Ou outras tantas brincadeiras do programa.
Se o público, que elegeu o CQC como humor inteligente, aceita uma piada, por que não outra?
Vão dizer que fazer piada sobre comer um bebê é de mau gosto. Ok, concordo. Igual já li e vi inúmeras outras piadas desse nível. E ninguém falou nada.
O próprio Marco Luque, colega de bancada do Rafinha Bastos, vive falando que fulana é piranha, que cobra dinheiro pra sair com famosos e fica por isso mesmo. O Tas, que é um cara deveras inteligente, fala coisas desse nível e ninguém abana o rabo. Ninguém fala nada. Errado? Não, de maneira alguma, vez que são comediantes, ou seja, vivem de fazer deboche com os outros.
Os caras estão fazendo o trabalho deles. Brincadeiras, piadas, com a cara dos outros. Você ficar chateado, momentaneamente, com uma piada é normal (apesar de que, hoje isso é bullying em nosso mundo politicamente correto). Uma atitude possível seria ignorar a piada, achar o comediante autor da mesma um c*zão e pronto. No máximo deixaria de ver o programa, ir ao show dele, comprar seus produtos e pronto. Acabou o problema.
Pesa hoje o politicamente correto e a ignorância das pessoas. Ou alguém acha que, ainda se tivesse oportunidade, o Rafinha Bastos comeria a Wanessa Camargo e/ou o bebê dela?
Eu não acho. Eu sei a diferença entre uma piada, ainda que mal posta, e uma opinião.
Só pra finalizar, finalmente sabemos que o "Custe o Que Custar" tem um preço. Os anuncios. Isso porque o marido da ofendida é um dos cabeças da empresa de propagandas do Ronaldo (outro que repudiou publicamente o programa).
Vocês criaram um monstro. O cara tá livin' la vida loca agora. Aparentemente teve um surto de Charlie Sheen e, semana passada, durante a apresentação do programa, postou fotos no twitter se mostrando deveras chateado com o afastamento do programa, acompanhado de duas "modelos" de lingerie e fumando um bom e velho charuto cubano.
"Como é árdua a estrada daqueles que trazem novas idéias... Elas podem significar a diferença entre o sucesso e o fracasso".
(A-OK - Aversão à novas idéias)
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