segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Vende-se um roteiro de filme.

Tudo, eu disse tudo, que for escrito sobre o Super Bowl XLIV (ou quarenta e quatro, caso você não manje de algarismos romanos), vai parecer chavão. Ou roteiro de um filme de Hollywood.

Se você está boiando, leia o resto.

Em meados de 25 de agosto de dois mil e cinco, a costa sudeste (?) dos EUA foi atingida por um furacão, a.k.a. Katrina. Resumidamente, caso você estivesse em coma na época do ocorrido, milhares de pessoas morreram, além de regiões se tornaram inabitáveis. O lugar mais atingido, por ironia do destino um dos mais pobres, foi o estado da Luisiana (ou Louisiana, gastando um pouquinho do meu inglês), mas eu gostaria de me reter à capital, Nova Orleans (New Orleans, de novo).

Pra quem não tiver preguiça, uma mera googleada por "Super dome" + "Katrina" já basta, mas aos leitores (existem?) do blog mais preguiçosos, vamos ao texto... Futuramente, roteiro de filme... Podem apostar.

Com a tragédia e os vários desabrigados, o estádio do time de futebol da cidade, os Saints, foi tomado como abrigo por milhares de famílias. O time, que é o famoso saco de pancadas, teve suas maiores "vitórias" na década de 80, quando chegaram aos playoffs e conseguiram em algumas oportunidades mais vitórias do que derrotas na temporada, sempre sem grandes conquistas.

E agora entra o fator Hollywood.

Como em outros filmes sobre esportes, como The Replacements (Virando o Jogo, no Brasil), unem-se um time decadente a um astro idem. E no caso, estamos falando de Drew Brees. Sem querer pagar de sabe-tudo sobre futebol americano, o que eu sei é o básico... Brees é um grande QB (quarterback, o armador do time, ou cérebro), que se lesionou seriamente e foi desacreditado. Nada melhor então, do que ir para o pior time da liga. Nessa união que se iniciou em 2006 (ou seja, depois do Katrina), Brees e Saints saíram vencendo.

A relação atingiu o ápice nesta temporada atual, que se encerrou hoje. Mais precisamente, na última hora.

Com uma vitória sensacional na final da NFC (uma das conferências da NFL) diante dos favoritos Minessota Vikings, o time avançou pela primeira vez na história da franquia ao Super Bowl. Antes que você fale qualquer coisa, eu digo que o show do intervalo desse ano no SB foi do The Who. Agora você consegue imaginar o nível do evento, certo? Ainda não é o suficiente? Ok. Então eu vou falar que é a maior audiência da TV americana e o preço de um comercial de 30 segundos é de aproximadamente US$ 3 milhões. Um bocado, né?

Voltando...

Eles iriam enfrentar os Colts, um time bem favorito liderado por um QB praticamente inquestionável, Peyton Manning (figura quase certa no Hall da Fama e recordista em diversos atributos). Conveniente, em termos hollywoodianos, certo?

Errado. Ainda falta um detalhe.

Hoje, ou ontem, sei lá, os Saints venceram. E com certa autoridade, se é possível afirmar isso em um jogo deste porte.



Fica aqui minha singela homenagem aos New Orleans Saints, campeões do Super Bowl XLIV.

Que sirva de exemplo...

Um comentário:

André Maciel disse...

A pergunta que fica é: quando sairá o filme sobre isso?