segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Os bárbaros chegaram, mas não nos salvaram...

Estávamos parados, estagnados. Sem sabermos muito bem a espera de que ou quem, mas esperávamos.

Sentados. Perfilados. Prontos.

Prontos para que, aliás? Pra destruir. Desconstruir. Começar tudo de novo.

A chegada dos novos faria com que enxergássemos diferente? Faria com que abríssemos -finalmente- os olhos? Esperávamos que sim. Esperávamos a ignição, o gatilho. Que não vinha...

Lembrei-me de Palahniuk, em "Sobrevivente":
Testando, testando. Um, dois, três.
Talvez isto esteja funcionando. Não sei. Não sei nem se você consegue me ouvir.
Mas se você consegue me ouvir, preste atenção. E se estiver prestando atenção, então o que você encontrou é a história de tudo o que deu errado.
O que você encontrou é a história do que aconteceu.
De fato: a história de tudo o que deu errado. Não existe outra palavra pra descrever o que sentíamos, fora a sensação de dever (mau) cumprido. Mau cumprido por vários fatores que não cabem a mim nem a nenhum dos envolvidos descrever, não nos cabe nada além da culpa. Culpa por não ter tentado mais, por não ter se esforçado mais... Às vezes o importante é vestir a carapuça.

É... Às vezes não há nada a se fazer.
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Listening to: Blindside - Swallow
via FoxyTunes

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