quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Sobre o tempo.

"Tempo, tempo, mano velho, falta um tanto ainda, eu sei... Pra você correr macio".

Tempo é uma coisa muito relativa. Você pode passar 5 anos num lugar e não se sentir confortável e, por outro lado, estar em outro há poucos meses e se sentir incrivelmente bem.

A variabilidade do tempo é bem relativa.

Tem quem diga que as coisas boas duram o suficiente pra se tornarem inesquecíveis e é bem assim mesmo. Quando era criança, via aquele domingo passar voando e a semana se arrastar... No primeiro caso, a hora levava segundos e no segundo... Os segundos levavam horas. 

O minuto é, por vezes, um segundo, um mero piscar de olhos. Às vezes ele vai tão rápido que nem percebemos que passou. Noutros, parece ser uma hora. Parece que leva uma eternidade.

Essa relatividade mostra tanta coisa... Mostra que o que é bom pode também durar, tanto quanto aquela hora ruim que se arrasta.

A questão não é deixar de viver, muito pelo contrário. A melhor maneira de fazer com que o momento se prolongue, o segundo dure hora, é aproveitar ao máximo. A vida, o momento, a companhia...

Não adianta dar um passo maior que a perna. Não adianta comer migalha quando se tem vontade de quilo. Adianta suprir o que você deseja. Aceitar a fatia que lhe é destinada.

É isso. Viver intensamente cada momento, bem carpe diem mesmo.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Privatização.

Então que esta semana um amigo postou algo como se crucificando as privatizações, sob argumento de que "é tão bom que vivemos tendo problemas, principalmente na telefonia".

Ok, o serviço das telefônicas é ridículo no Brasil.

Por culpa da falta de fiscalização.

A única diferença dos serviços públicos e privados é que, no caso dos privados, continuamos tendo opções de mudança. Se a Oi é ruim, podemos tentar a Tim, depois a Claro, Vivo e aí sim, determinarmos que o serviço é ruim com todas. Caso o controle seja estatal, sem chances.

Se você analisar, até 6 ou 7 anos atrás só existia o serviço de telefonia fixa e internet banda larga da Telemar/Oi. Os preços da banda larga eram astronômicos (pagava-se, à época, cerca de R$ 100,00 mensais por velocidades ridículas de no máximo 1mb). Foi permitir a entrada de outras empresas no mercado e o valor dos serviços despencou e a qualidade subiu, apesar de ainda estar longe do ideal.

Qual seria o futuro se a telefonia estivesse inteiramente nas mãos do controle estatal?

E é esse meu ponto de vista. As empresas privadas tendem (disse, TENDEM) a ser mais competitivas pelo simples fato de que se assim não forem, somem. As estatais tem o aporte garantido em caso de crises e, hora ou outra, passam nas mãos de famílias poderosas e políticos de influência, virando por vezes, não mais que cabides de empregos.

Metralham o governo passado por ter aberto o país para as privatizações, mas há de se ponderar que empresas competitivas como a Vale e a Embratel, por exemplo, precisam de administração especializada e não são geradoras de lucro por si só: apresentam riscos (como a Vale tem demonstrado).

Sejamos francos, tirando alguns casos, alguém ainda acredita que o Governo sabe lidar com essas coisas? Só vermos quantas denúncias de nepotismo e afiliações temos diariamente pra entender que as estatais não só seriam cabides de empregos como denotariam fortemente "marcos" de campanha eleitoral.

E ah, antes que me esqueça: o mesmo governo que ataca as privatizações tá aí anunciando incentivos a concessionárias para construção de pedágios (ótima ideia, porém hipócrita).