Sentados. Perfilados. Prontos.
Prontos para que, aliás? Pra destruir. Desconstruir. Começar tudo de novo.
A chegada dos novos faria com que enxergássemos diferente? Faria com que abríssemos -finalmente- os olhos? Esperávamos que sim. Esperávamos a ignição, o gatilho. Que não vinha...
Lembrei-me de Palahniuk, em "Sobrevivente":
Testando, testando. Um, dois, três.De fato: a história de tudo o que deu errado. Não existe outra palavra pra descrever o que sentíamos, fora a sensação de dever (mau) cumprido. Mau cumprido por vários fatores que não cabem a mim nem a nenhum dos envolvidos descrever, não nos cabe nada além da culpa. Culpa por não ter tentado mais, por não ter se esforçado mais... Às vezes o importante é vestir a carapuça.
Talvez isto esteja funcionando. Não sei. Não sei nem se você consegue me ouvir.
Mas se você consegue me ouvir, preste atenção. E se estiver prestando atenção, então o que você encontrou é a história de tudo o que deu errado.
O que você encontrou é a história do que aconteceu.
É... Às vezes não há nada a se fazer.
----------------
Listening to: Blindside - Swallow
via FoxyTunes