sexta-feira, 12 de junho de 2009

Rollercoaster of Love.

Já diriam os grandes Ohio Players, "o amor é como uma montanha russa" (apesar de preferir a versão do RHCP).

"YOU GIVE ME THAT FUNNY FEELING IN MY TUMMY..."

E essa sensação na barriga não é só emoção, felicidade. É medo de perder, sensação de insegurança. Constante aprendizado.

Feliz dia dos namorados pra todo mundo que está lendo, tendo ou não namorado(a).



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Listening to: Red Hot Chili Peppers - Love Rollercoaster
via FoxyTunes

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Por que escrever?

Sério, as vezes me pergunto isso. Paro pra divagar sobre essa mania que me persegue desde criança. Se é que posso falar isso de alguma coisa, me considero um apaixonado pela leitura e tão logo desenvolvi esse hábito, automaticamente já me liguei ao de escrever.

Aprendi a ler cedo, talvez antes do que meus pais esperassem. Lembro que quando estava no jardim ainda, cheguei a corrigir a professora na sala. Era uma bobagem tremenda, mas aquilo despertou uma atenção nela que eu não vou esquecer nunca. Era uma daquelas atividades de colorir e lá estava algo parecido com isso: "Colorir a casa de vermelho" e a professora nos mandou colorir de azul. Não me lembro exatamente a razão, talvez a falta de lápis vermelho, sei lá. Mas foi marcante a cara de espanto dela quando eu falei: "professora, azul começa com A e aquilo ali é um V".

Desde sempre tive esse hábito. Gostava tanto de ler que por diversas vezes deixava de brincar na rua pra poder terminar de ler um livro, ou uma revista. E lia de tudo, de Turma da Mônica até Reader Digest (Rir é o melhor remédio!). Com o passar do tempo a leitura deixou de ser um passatempo e virou um diferencial. Diferencial porque nem todos têm esse hábito, a maioria inclusive é incapaz de ler e compreender um texto.

Na adolescência passei a escrever sobre tudo. De músicas na época da guitarra (que nunca saiam do papel) até histórias (na maioria, nunca lidas por ninguém). Hoje a temática é meio diferente, não só aqui no blog mas também em termos de faculdade. Mas o hábito continua, não com a mesma frequência e com temas um pouco mais ardilosos, mas continua.

Talvez por causa dessa mania de ler e pela aptidão estou hoje encarando um curso de Direito e, muito brevemente, de Ciências Sociais. A área de ciências humanas sempre me despertou mais entusiasmo.

Sei que hoje, o que me parece ser um lazer, uma forma de relaxamento, de desabafo, em breve poderá ser meu ganha pão. Seja lá qual for meu destino, seja como concursante, advogado, cientista político ou antropólogo, acho inevitável fugir desse talento, se a modéstia me permite falar assim. E parece que hoje aceitei o que me é inerente. Escrever.

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Listening to: Belvedere - Anesthetic
via FoxyTunes

Nothing Gold Can Stay.

Nothing Gold Can Stay.


Nature's first green is gold
Her hardest hue to hold
Her early leaf's a flower;
But only so an hour.

Then leaf subsides to leaf.
So Eden sank to grief,
So dawn goes down to day.
Nothing gold can stay.

Nothing Gold Can Stay é um poema de Robert Frost (autor constantemente citado no filme "Dead Poets Society"), escrito em 1923 e que inclusive, fez com que vencesse o prêmio Pulitzer. Em oito linhas, Frost foi genialmente perfeito (embora extremamente pessimista).

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Listening to: A New Found Glory - Tell Tale Heart
via FoxyTunes

terça-feira, 2 de junho de 2009

Panis et Circus.

Da Roma antiga vem a origem:

"Com o crescimento urbano vieram também os problemas sociais para Roma. A escravidão gerou muito desemprego na zona rural, pois muitos camponeses perderam seus empregos. Esta massa de desempregados migrou para as cidades romanas em busca de empregos e melhores condições de vida. Receoso de que pudesse acontecer alguma revolta de desempregados, o imperador criou a política do Pão e Circo. Esta consistia em oferecer aos romanos alimentação e diversão. Quase todos os dias ocorriam lutas de gladiadores nos estádios (o mais famoso foi o Coliseu de Roma), onde eram distribuídos alimentos. Desta forma, a população carente acabava esquecendo os problemas da vida, diminuindo as chances de revolta."


Quase 2000 anos depois, tudo se repete. Escondidos sob a perspectiva de Copa do Mundo, o povo esquece dos problemas atuais. Naquela época ainda ia, povo alienado e morrendo de fome, não tinha nada a saber sobre política. Hoje não é assim. Será?

Sério. Jornalistas brincando com a inteligência do povo, falam do legado que a Copa do Mundo vai deixar no Brasil. Das estruturas, dos investimentos em infraestrutura e etc. O problema está aí, deixar a Copa ser o motivo pra cobrar que os políticos façam esses investimentos é absurdo.

Vou citar o exemplo de BH, que é o que eu acompanho de perto. BH tem metrô? Tem uma linha que parte do Eldorado em Contagem e vai até Vilarinho. Pra quem não conhece, isso corta a cidade de leste a oeste, passando pela zona central. E só. Vale dizer, que o Mineirão fica numa região bem mais a cima, afastada dessas linhas e o transporte público (a.k.a. Bhtranstorno) é meio mal planejado. O metrô (de fato), é promessa de campanha de vários políticos a pelo menos 3 eleições. Estão prevendo gastar 2,9 bilhões de reais em transporte em BH e pelo prazo, muito dificilmente o projeto do governo de Minas será cumprido em totalidade. Segue matéria do Estado de Minas de ontem (01/06/2009):

Se sair, o metrô da Copa será um imenso avanço em relação à infraestrutura disponível hoje, mas ainda ficará aquém do previsto nos planos originais do governo. Fora a rota Savassi-Pampulha, que ficaria incompleta para a competição, sairia uma parte da linha Barreiro-Santa Tereza. Um ramal em superfície seguiria da região operária até o Bairro Calafate, na Zona Oeste, com sete terminais. O trecho subterrâneo, com mais oito, ficaria para depois. Os novos segmentos fariam integração com a linha Eldorado-Vilarinho, já existente, que passaria por melhorias, com a compra de composições e a reforma do sistema de sinalização.

As obras estão orçadas em R$ 2,9 bilhões, valor que pode variar com o câmbio e não está assegurado. Os governos federal e estadual ainda discutem se o empreendimento será feito com 100% de dinheiro público ou por meio de uma parceria público-privada (PPP). Nesta hipótese, a União e outras esferas de governo aplicariam cerca de R$ 1,7 bilhão. Aos obstáculos financeiros, somam-se os técnicos.

Para sair do papel, o metrô depende dos projetos básico e executivo, que podem levar até dois anos para ficarem prontos. O primeiro, que vinha sendo feito por uma empresa contratada pela CBTU, foi paralisado no ano passado. “Pararam de mandar dinheiro. Faltam R$ 14 milhões”, afirma o superintendente da empresa em Minas, José Roizenbruch, reconhecendo que o valor é uma ninharia, diante do total de investimentos.

Para o segundo estudo, mais detalhado, nem foi aberta licitação. Ele custaria de R$ 100 milhões a R$ 200 milhões. Não há verba prevista no Orçamento 2009 nem para ele nem para a peça mais barata. Obras dessa natureza são uma caixinha de surpresas e só o detalhamento dos projetos poderá ditar o ritmo dos trabalhos. O superintendente exemplifica: se a linha terminar na Lagoinha, será necessário construir um pátio para manutenção e manobras dos trens, que, quase certamente, será subterrâneo. “Isso pode ficar tão caro quanto esticá-la até a Pampulha”, comenta.

Tudo depende, ainda, do que será encontrado debaixo do chão. Conforme a composição do solo, fica mais ou menos fácil escavar o caminho dos trens. Contra a maré de dificuldades, o superintendente recorre a um clichê: “Se não faltar dinheiro (a partir de agora) e vontade política, dá para fazer”.


Calma lá, a Copa é daqui a 5 anos e só hoje começaram a pesquisar soluções? Isso deveria estar pronto antes da candidatura ser enviada a Fifa.

Só a título de comparação, quando trabalhava em Contagem e ia de carro pra faculdade, chegava sempre em pouco mais de uma hora e meia. De metrô, em 23 minutos cronometrados. A facilidade é enorme.

Extraoficialmente, o maior entrave pra implantação do metrô são as companhias de ônibus que comandam o cartel.

Outro problema em BH é a rede hoteleira. Tá certo, Belo Horizonte não é uma cidade turistica nos moldes do Rio, não tem atrativos econômicos como São Paulo, nem praias como Natal e Recife. Mas a rede hoteleira aqui vai precisar de muitos investimentos.

Fala-se hoje que BH é, ao lado de São Paulo e Brasília, a principal candidata a receber a abertura da Copa. Por pura politicagem. Acredito que a pendência ainda é com relação à briga entre o coronel Neves e José Serra pela candidatura a presidência em 2010. Vai depender disso a escolha da abertura.

Quanto a escolha das sedes, tem mais é que ter sedes espalhadas mesmo. Brasil é um país gigante, cada lugar é muito diferente um do outro. Isso tem que ser explorado sim. Nada daquela putaria de sempre, de RJ-SP-MG-RS-DF... Tem que ter Amazônia, Pantanal, Nordeste de fato no meio. Afinal, Brasil não é só o centro-sul.

Brasil não é só o PIB de São Paulo. Brasil é o IDH porco do Maranhão também. Não é o calor de Fortaleza, é o frio do sul também. Não só é bossa nova carioca's style malandrão, é o arrocha (hahaha) do Pará (?) também, além dos outros ritmos regionais. Não é só a censura da mídia de Minas, é a livre imprensa em... Ah, isso é geral. Não é só a corrupção em Brasília, é a honestidade em... Bah, também é geral... Foi mal. [governo] Mas é o país mais lindo do mundo e eu sou brasileiro e não desisto nunca[/governo].

Já que a merda da Copa aqui está feita (e falo isso porque o Brasil não tem know how nem capacidade de receber um evento como esse), que seja bem feito, que ao menos uma vez sejam feitas as coisas com dignidade nesse país.

Desconheço a fundo a situação da maioria das outras sedes, então não comento, mas não digo também que a situação aqui é exclusiva, acho que 80% das sedes não tem capacidade pra receber (hoje) nem jogos do campeonato Brasileiro (em termos de futebol em si; gramado, estádios, segurança...) o que dizer de uma Copa do Mundo? Politicagem misturando com futebol não é novidade nenhuma, vide CBF. Definitivamente, há algo de podre no reino da Dinamarca. E me esforcei profundamente pra não falar em corrupção.

Primeira citação: daqui.
Segunda citação: daqui.